Waller do Fed, Diz que Apoiaria Corte de Juros se Tarifas Provocarem Perda de Empregos

O governador do Federal Reserve, Christopher Waller, afirmou na quinta-feira que estaria disposto a apoiar cortes nas taxas de juros caso a retomada de tarifas agressivas pelo governo Trump leve a uma deterioração do mercado de trabalho nos Estados Unidos.

Em entrevista à Bloomberg Television, Waller alertou que demissões e aumento do desemprego podem ocorrer caso as tarifas mais elevadas permaneçam em vigor. “Não me surpreenderia que pudéssemos começar a ver mais demissões, um aumento na taxa de desemprego daqui para frente, se as tarifas pesadas, em particular, voltarem”, disse Waller. “Se eu observar uma queda significativa no mercado de trabalho, acho que é importante intervirmos no aspecto do emprego do mandato [do Fed].”

Waller observou que o impacto econômico das tarifas provavelmente não será significativo antes de julho, mas alertou que, a partir desse ponto, o desemprego poderia subir rapidamente.

• Ele também reiterou sua visão de que o efeito inflacionário das tarifas seria temporário, contrastando com outros dirigentes do Fed que vêm expressando preocupações de que os impostos comerciais impostos por Trump possam alimentar pressões inflacionárias persistentes.

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O presidente do Fed, Jerome Powell, e outros membros do comitê de política monetária têm enfatizado a necessidade de manter a inflação e as expectativas inflacionárias ancoradas, em um momento de crescente incerteza sobre a política econômica dos EUA, incluindo possíveis novas medidas tarifárias.

• Até agora, o Fed manteve as taxas de juros estáveis ao longo de 2025, com Powell afirmando repetidamente que o banco central “não está com pressa” para fazer mudanças, aguardando dados mais consistentes sobre o desempenho da economia e da inflação.

A declaração de Waller adiciona um novo elemento à discussão sobre o curso da política monetária, ao vincular explicitamente os próximos passos do Fed à evolução do mercado de trabalho em um contexto de escalada protecionista.

• Seu posicionamento também sugere que o banco central poderá adotar uma abordagem mais responsiva caso a economia comece a sentir os efeitos negativos de uma nova rodada de tarifas comerciais.

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