Trump Planeja Adiar Novamente Proibição do TikTok Concedendo Mais 90 Dias Para Acordo

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinará uma nova ordem executiva esta semana, concedendo mais 90 dias para que o TikTok conclua sua reestruturação e permaneça operando nos EUA, enquanto negociações com investidores americanos seguem travadas em meio às tensões comerciais com a China.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá prorrogar pela terceira vez o prazo para que o TikTok continue operando no país, assinando uma nova ordem executiva esta semana que concede mais 90 dias para o fechamento do acordo de venda da plataforma de propriedade chinesa. A informação foi confirmada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, na terça-feira.

“Como ele já disse muitas vezes, o presidente Trump não quer que o TikTok desapareça”, afirmou Leavitt. “Essa extensão durará 90 dias, durante os quais o governo trabalhará para garantir que esse acordo seja fechado para que o povo americano possa continuar a usar o TikTok com a garantia de que seus dados estão seguros e protegidos.”

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O Congresso dos EUA aprovou no ano passado legislação obrigando a ByteDance, controladora chinesa do TikTok, a vender o aplicativo ou enfrentar uma proibição completa no território americano, sob alegações de riscos à segurança nacional.

• Trump já havia estendido o prazo duas vezes: de janeiro para abril e de abril para 19 de junho.
• Antes do último prazo, a Casa Branca estava próxima de um acordo que criaria uma nova empresa americana controlando o TikTok nos EUA, com participação de investidores como Andreessen Horowitz, Blackstone, General Atlantic, Susquehanna e KKR.
• Este modelo previa que investidores americanos deteriam cerca de 50% da operação, enquanto os investidores existentes ficariam com aproximadamente 30%.

No entanto, segundo uma fonte do Financial Times familiarizada com as negociações, as tensões comerciais renovadas entre EUA e China interromperam o avanço do acordo. A ByteDance chegou a informar que Pequim aprovaria o plano, mas após o anúncio de novas tarifas por Trump em abril, o governo chinês retirou a aprovação.

• Desde então, a Casa Branca tem aguardado um alívio nas disputas comerciais antes de tentar retomar o acordo.
• Em 2020, durante seu primeiro mandato, Trump chegou a emitir uma ordem executiva para banir o TikTok, alegando que a coleta de dados do aplicativo “ameaça permitir que o Partido Comunista Chinês tenha acesso às informações pessoais e proprietárias dos americanos.”

Nos últimos anos, no entanto, Trump mudou de tom em relação à plataforma, que passou a ser utilizada em sua campanha para atingir eleitores mais jovens. “Tenho um cantinho especial no coração para o TikTok”, disse ele em maio à NBC.

• A possível inclusão de outros investidores, incluindo a estrela conservadora Tucker Carlson, também foi considerada durante as negociações, segundo reportou anteriormente o Financial Times.
• Enquanto o impasse persiste, o futuro do TikTok nos EUA continua indefinido, em meio ao crescente entrelaçamento entre diplomacia, tecnologia e política eleitoral.

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