Presidente dos EUA enfrenta cessar-fogo frágil, disputa fiscal no Congresso e possível retomada tarifária em meio à crise global.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inicia uma fase decisiva de duas semanas marcada por pressões simultâneas em política externa, comércio e política fiscal, com a aproximação dos prazos para aprovação de seu pacote de impostos e gastos até 4 de julho e o fim da pausa tarifária global em 9 de julho.
Além de gerenciar o cessar-fogo frágil entre Israel e Irã, que ajudou a intermediar com o Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani do Catar, Trump enfrenta resistência de sua própria base política após autorizar ataques contra instalações nucleares iranianas. “Não estou satisfeito com eles“, declarou Trump na terça-feira, expressando frustração com ambos os lados por continuarem trocando ataques após a trégua.
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Internamente, Trump busca aprovar no Congresso um extenso pacote de cortes e mudanças tributárias, que prorroga benefícios fiscais, cria novos incentivos para empresas, revoga créditos de energia verde e corta o Medicaid, o que pode prejudicar a base republicana em ano eleitoral.
- “Ele fez um acordo de paz. Acho que teremos um acordo tributário fechado até 4 de julho e então poderemos finalizar os acordos comerciais“, afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, a repórteres.
Na arena comercial, Trump prepara-se para decidir sobre a retomada das tarifas implementadas em abril, que inicialmente desestabilizaram os mercados. Com o prazo de suspensão expirando em 9 de julho, Trump permanece como o tomador de decisão final nas negociações comerciais, sem um processo estruturado além de discussões diretas com aliados, conselheiros, lobistas e líderes empresariais.
- “É devastador para qualquer um que esteja tentando fazer planos“, disse Rita McGrath, professora da Columbia Business School, destacando a incerteza que paralisa os investimentos empresariais.
- Mesmo que algumas tarifas sejam eventualmente suspensas, aliados acreditam que impostos sobre aço e alumínio devem permanecer.
“Esse é o custo político do poder presidencial excessivo. A responsabilidade é toda sua“, avaliou Julian Zelizer, professor de história de Princeton. Segundo ele, Trump tem alternado posições sobre tarifas e cortes de força de trabalho federal, refletindo oscilações políticas constantes.
- Para Stephen Roach, ex-economista-chefe do Morgan Stanley, “esses choques gêmeos tornam uma recessão global cada vez mais provável“, apontando para o risco crescente de a combinação entre disputas tarifárias e tensões geopolíticas abalar ainda mais a já vulnerável economia mundial.
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