Presidentes dos Estados Unidos e de Israel sinalizam avanço em cessar-fogo e abordam proposta controversa de reassentamento de palestinos fora da Faixa de Gaza.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na Casa Branca, na segunda-feira, para tratar do conflito em Gaza, de negociações com o Irã e de uma proposta para realocar palestinos para fora do enclave.
“Se as pessoas quiserem ficar, elas podem ficar, mas se quiserem sair, elas devem poder sair”, disse Netanyahu, referindo-se a uma eventual saída voluntária de palestinos de Gaza para países vizinhos. “Acho que estamos perto de encontrar vários países”, afirmou, ressaltando que Israel trabalha com os Estados Unidos nesse esforço.
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Trump, que inicialmente se mostrou cético à ideia, declarou: “Tivemos grande cooperação dos países vizinhos, grande cooperação de cada um deles. Então, algo de bom vai acontecer”. O presidente norte-americano já havia sugerido transformar Gaza na “Riviera do Oriente Médio”, ideia criticada como tentativa de limpeza étnica por moradores e entidades de direitos humanos.
- Enquanto os líderes jantavam no Salão Azul da Casa Branca, negociadores israelenses e do Hamas mantinham conversas indiretas em Doha, no Catar, com mediação dos EUA.
- Segundo Trump, “Temos conversas agendadas com o Irã, e eles… querem conversar. Eles levaram uma surra”.
- O enviado americano, Steve Witkoff, viajará nesta semana ao Catar para reforçar os esforços diplomáticos.
A proposta de cessar-fogo apoiada por Washington prevê libertação gradual de reféns, retirada de tropas israelenses de partes de Gaza e negociações para o fim da guerra. O Hamas insiste no fim total dos combates antes de libertar reféns, enquanto Israel exige a libertação de todos e o desmantelamento do grupo.
- Netanyahu entregou a Trump uma carta de indicação ao Prêmio Nobel da Paz, gesto que foi bem recebido.
- Fora da Casa Branca, centenas de manifestantes protestavam com faixas contra o apoio militar dos EUA a Israel e pediam a prisão de Netanyahu, por supostos crimes de guerra.
A guerra iniciada após os ataques do Hamas em outubro de 2023, que deixaram 1.200 mortos e 251 reféns em Israel, já causou a morte de mais de 57 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
- A ONU alerta que quase meio milhão de pessoas enfrentam risco iminente de fome.
- Trump também sinalizou disposição para suspender sanções ao Irã “no momento certo” e enfatizou o impacto do enfraquecimento iraniano nas negociações regionais.
- Ele afirmou: “Adoraria poder, no momento certo, suspender essas sanções”.
Durante a visita, Netanyahu também se encontrou com o Secretário de Estado Marco Rubio, planeja visitar o Capitólio nesta terça-feira e reunir-se com o vice-presidente JD Vance.
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