Trump Diz Que Acordo Com China Está Próximo, Mas Promete Tarifas Sobre Chips e Remédios

Presidente americano afirma que trégua com Pequim pode ser estendida antes do vencimento em 12 de agosto, mas prepara tarifas pesadas sobre setores estratégicos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou estar “muito perto de um acordo” com a China para estender a trégua comercial em vigor, que reduziu aumentos tarifários e flexibilizou exportações de ímãs de terras raras e tecnologias sensíveis.

• “Não é imperativo, mas acho que faremos um bom acordo”, disse Trump em entrevista à CNBC, acrescentando que os Estados Unidos estavam “se dando muito bem com a China”.

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Mesmo com o tom otimista, Trump descartou qualquer urgência em se reunir com o presidente Xi Jinping, condicionando o encontro à conclusão de um novo acordo. “Provavelmente terei uma reunião antes do fim do ano, se chegarmos a um acordo. Se não chegarmos a um acordo, não terei reunião”, afirmou.

• A atual trégua expira em 12 de agosto e foi decisiva para evitar uma escalada da guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo.
• Na semana passada, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, se reuniram em Estocolmo pela terceira vez em menos de três meses.
• Apesar da satisfação demonstrada por autoridades chinesas, o pacto é considerado frágil, e Bessent afirmou que a decisão final caberia a Trump.

Paralelamente, o presidente americano anunciou que tarifas sobre importações de semicondutores e produtos farmacêuticos devem ser reveladas “na próxima semana ou algo assim”, como parte de seu plano para remodelar o comércio global.

• “Inicialmente, aplicaremos uma tarifa pequena sobre produtos farmacêuticos, mas em um ano — um ano e meio, no máximo — ela chegará a 150% e depois a 250%, porque queremos produtos farmacêuticos fabricados em nosso país”, afirmou Trump.
• Sobre o setor de chips e semicondutores, Trump disse que “faremos anúncios sobre semicondutores e chips, que são uma categoria separada”.
• O Departamento de Comércio investiga o setor desde abril e as medidas poderão afetar um mercado global avaliado em quase US$ 700 bilhões.

Nos últimos meses, o governo Trump já impôs tarifas sobre aço, alumínio, carros e autopeças. O presidente também pressiona a indústria farmacêutica a reduzir custos sob ameaça de penalidades adicionais e de tarifas consideradas debilitantes.

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