A Toyota Motor Corp., maior montadora do mundo, enfrenta o maior impacto financeiro da guerra comercial iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com tarifas sobre carros e autopeças importadas.
A empresa japonesa estima uma perda de US$ 1,2 bilhão em apenas dois meses — superando rivais como General Motors e Ford — e projeta um lucro operacional de ¥3,8 trilhões (US$ 26,1 bilhões) para o ano fiscal encerrado em março de 2026, abaixo das estimativas de mercado. A Toyota mantém mais da metade de suas vendas nos EUA abastecida por produção local, mas ainda importa cerca de 1,2 milhão de veículos anualmente, tornando-se um alvo direto das novas tarifas americanas de 25%, que começaram a vigorar em abril para carros e em maio para peças. Trump criticou nominalmente a montadora em um discurso recente, citando o “um milhão de automóveis estrangeiros” que a Toyota vende anualmente em solo americano.
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A empresa, que opera 11 fábricas nos EUA, manteve os preços nas concessionárias e o volume de produção doméstica, enquanto as negociações comerciais entre Washington e Tóquio continuam sem prazo para conclusão.
- “É difícil tomar medidas ou mensurar o impacto”, afirmou o CEO Koji Sato.
- Autoridades japonesas indicaram que as perdas de uma montadora japonesa não identificada — presumivelmente a Toyota — chegam a US$ 1 milhão por hora.
- Com quase 281 mil veículos exportados diretamente do Japão aos EUA, incluindo modelos como o Prius, 4Runner e Lexus, a exposição da Toyota ao mercado americano é significativa.
Enquanto outras montadoras japonesas, como Nissan e Honda, ajustam suas cadeias de produção para mitigar os efeitos tarifários, a Toyota afirma que já investiu quase US$ 21 bilhões nos EUA desde 2020.
- No entanto, limitações de capacidade nas fábricas americanas, como a de Georgetown, Kentucky, reduzem a margem de manobra para realocar a produção.
- O governo Trump já concluiu um acordo com o Reino Unido, mas as negociações com o Japão seguem travadas, com o grande déficit comercial dos EUA com o país asiático como obstáculo.
- “A indústria automobilística é importante demais para o Japão simplesmente concordar com o que os EUA querem”, afirmou o estrategista Hiroshi Namioka.
Enquanto isso, a Toyota continua a defender sua presença nos EUA e a apostar em sua extensa base de produção no Japão, reafirmando o compromisso de manter pelo menos 3 milhões de unidades fabricadas anualmente em seu país de origem.
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