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Tebet: Quadro Fiscal do Brasil é Insustentável até 2027

Em uma análise franca sobre o futuro econômico do Brasil, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, alertou que o atual quadro fiscal do país se tornará insustentável até 2027.

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Segundo a ministra, qualquer governo eleito não conseguirá governar eficazmente sem realizar ajustes significativos nas regras fiscais, sob o risco de elevar a inflação, aumentar a dívida pública e comprometer a economia nacional.

  • As regras fiscais vigentes, aprovadas no início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, estabelecem metas de equilíbrio orçamentário primário e um teto de gastos que permite o crescimento das despesas em até 2,5% acima da inflação.
  • Contudo, com o avanço das despesas obrigatórias em um ritmo mais acelerado, especialistas alertam para a necessidade de cortes estruturais de gastos para evitar a insustentabilidade fiscal.

O cenário tende a se agravar em 2027, quando o custo total dos pagamentos ordenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) será integralmente contabilizado nas despesas primárias.

  • Atualmente, apenas parte desses valores afeta o saldo primário.

“Em 2027, quem quer que seja o presidente não conseguirá governar sob esse quadro fiscal sem alimentar a inflação, aumentar a dívida pública e descarrilar a economia”, afirmou Tebet em entrevista à GloboNews, exibida na última quarta-feira.

A ministra reconheceu a dificuldade em aprovar medidas de ajuste fiscal antes das eleições gerais de 2026, uma vez que o Congresso tende a priorizar as próprias perspectivas de reeleição.

  • Por isso, Tebet destaca uma “janela de oportunidade” nos dois últimos meses de 2026, quando será possível discutir e implementar medidas de contenção de gastos pós-eleitorais.

“O Brasil precisa aproveitar essa janela para realizar os ajustes fiscais necessários e garantir a sustentabilidade econômica no próximo governo”, reforçou Tebet.

Apesar das dificuldades, a ministra reafirmou o compromisso do governo em atingir a meta de déficit primário zero em 2025, destacando o empenho para manter o equilíbrio das contas públicas e preservar a estabilidade econômica do país.

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