O CEO do Barclays, CS Venkatakrishnan, afirmou na quinta-feira que as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos representam um “verdadeiro desafio” para a Europa, à medida que o bloco tenta equilibrar gastos com defesa e a necessidade de consolidação financeira interna.
“Acredito que a Europa tem um verdadeiro desafio para se ajustar às tarifas. Precisa encontrar espaço fiscal para aumentar os gastos com defesa e buscar a consolidação das instituições financeiras dentro do seu mercado”, disse Venkatakrishnan à CNBC. As declarações ocorrem em meio à ausência de um acordo comercial formal entre EUA e União Europeia, com os mercados mergulhados na incerteza. Atualmente, a UE enfrenta uma tarifa de 25% sobre aço, alumínio e automóveis, além de uma taxa adicional de 20% imposta em abril, temporariamente reduzida para 10% por 90 dias, com vencimento em julho. As medidas comerciais protecionistas dos EUA, segundo o executivo, pressionam os países europeus no momento em que tentam reformular políticas fiscais e fortalecer investimentos em segurança, dentro do plano “ReArmar a Europa”.
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“A volatilidade tem sobrecarregado as empresas que buscam entender o impacto das tarifas e regulamentações em seu modelo de negócios”, afirmou o CEO do Barclays, acrescentando que muitas companhias retiraram suas projeções de lucro e podem acabar optando por consolidação ou reestruturação operacional.
- Apesar das tensões transatlânticas, o Barclays navega em um ambiente doméstico mais estável após a divulgação de linhas gerais de um novo acordo comercial entre EUA e Reino Unido, anunciado por Donald Trump.
- O Reino Unido também avançou em uma redefinição de seu relacionamento com a UE, após a saída do bloco em 2020.
Ainda assim, o governo trabalhista britânico enfrenta inflação elevada e críticas públicas quanto aos planos de aumento de impostos. Venkatakrishnan, defensor da ministra das Finanças, Rachel Reeves, declarou que o governo está “absolutamente no caminho certo”.
- “Não estamos vendo dificuldades para o consumidor. Estamos vendo força no canal de consumo, graças à prudência na gestão financeira das famílias. Mas as pessoas estão preocupadas com os custos — desde contas de combustível até inflação decorrente das tarifas — e a única resposta real para isso é o crescimento”, concluiu.
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