O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, acusou o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial de desviarem de suas missões originais ao ampliarem o foco para questões como mudanças climáticas e igualdade de gênero.
Durante discurso em Washington na quarta-feira, Bessent afirmou que as instituições de Bretton Woods precisam passar por uma reforma, mas evitou sugerir que os EUA se retirarão dos organismos multilaterais. “O FMI e o Banco Mundial têm valor duradouro. Mas a expansão da missão desviou essas instituições do curso”, declarou Bessent durante as reuniões de primavera das duas entidades financeiras globais, que reúnem ministros das finanças de diversos países. Ele criticou especialmente a liderança atual do FMI sob Kristalina Georgieva, dizendo que o fundo “precisa voltar a ser o FMI”.
Embora tenha reafirmado o compromisso dos EUA com as instituições, Bessent adotou um tom crítico ao destacar que tópicos como clima e gênero “não são a missão do FMI”, acusando o fundo de negligenciar seu papel tradicional de vigilância macroeconômica.
- Ele também apontou uma suposta condescendência com a China, que segundo ele adota “práticas monetárias opacas” e políticas que distorcem o equilíbrio global.
“Estamos abertos a críticas, mas não toleraremos que o FMI deixe de criticar os países que mais precisam — principalmente países superavitários como a China”, afirmou.
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No caso do Banco Mundial, Bessent também expressou descontentamento, afirmando que a instituição “se afastou de certos aspectos de sua missão inicial” e criticando o que chamou de “marketing insípido e centrado em chavões”.
- Ele pediu que o banco adotasse uma postura “tecnologicamente neutra”, defendendo investimentos em projetos de energia baseados em gás natural e outros combustíveis fósseis.
- As declarações ocorrem em meio ao debate interno nos EUA sobre o papel do país nas instituições multilaterais.
- O Projeto 2025 — uma agenda de política conservadora — propõe que os EUA deixem o FMI e o Banco Mundial, dos quais são os maiores acionistas.
Apesar das críticas, Bessent sinalizou continuidade no envolvimento americano, indicando que Washington busca influenciar o rumo das reformas de dentro para fora.
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