Putin e Trump Não Comparecerão a Negociações de Paz Entre Rússia e Ucrânia na Turquia

Líder russo desiste de comparecer a encontro com Zelenskyy, ausência também afasta Trump e expectativas internacionais esfriam.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que não participará das negociações de paz com a Ucrânia previstas para esta quinta-feira na Turquia, levantando dúvidas sobre a viabilidade de um cessar-fogo proposto por aliados ocidentais. A decisão representa um revés para os esforços diplomáticos em curso e levou à desistência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de também comparecer ao encontro. As negociações, inicialmente propostas pelo próprio Putin no domingo passado como um gesto de abertura “sem pré-condições”, deveriam marcar o primeiro diálogo direto entre Moscou e Kiev desde a interrupção das conversas em 2022. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que só participaria caso Putin estivesse presente, dizendo que “tudo na Rússia depende dele”.

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Autoridades da Casa Branca confirmaram que, após o anúncio russo, Trump cancelou planos de viagem à Turquia.

• Representantes dos EUA de escalão inferior, incluindo o enviado especial Keith Kellogg e o secretário de Estado Marco Rubio, devem manter presença limitada nas discussões.
• A delegação russa será chefiada por Vladimir Medinsky, ex-ministro da Cultura e negociador-chefe nas rodadas fracassadas de 2022, acompanhado por representantes militares e diplomáticos.
• A ausência de figuras-chave como Putin e Lavrov é vista por analistas como um sinal de que Moscou busca retomar o formato antigo das negociações sem avanços imediatos.

O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, afirmou que “a bola está claramente no campo da Rússia”, enquanto o enviado dos EUA Rubio reiterou que Washington permanece aberto a “qualquer mecanismo que leve ao fim da guerra”.

• Apesar de tentativas de mediação, incluindo uma ligação de última hora do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva a Putin, o líder russo manteve sua decisão.
• A iniciativa, segundo observadores, corre o risco de se tornar mais um gesto simbólico do que um marco real rumo à paz.

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