Presidente do banco central dos EUA confirma que política tarifária elevou previsões de inflação e adiou afrouxamento monetário.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou nesta terça-feira que o banco central dos EUA teria adotado uma política monetária mais branda se não fosse o plano tarifário do presidente Donald Trump, anunciado no início deste ano.
Durante um painel no fórum do Banco Central Europeu em Sintra, Portugal, Powell foi questionado se o Fed já teria reduzido os juros caso as tarifas não tivessem sido impostas. “Acho que está certo”, respondeu. Ele acrescentou: “Ficamos em espera quando vimos o tamanho das tarifas, e essencialmente todas as previsões de inflação para os Estados Unidos aumentaram substancialmente como consequência”.
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A declaração ocorre enquanto o Fed mantém sua taxa básica de juros na faixa de 4,25% a 4,5% desde dezembro, apesar da pressão da Casa Branca por cortes.
- O gráfico de pontos do FOMC indica possibilidade de dois cortes até o fim de 2025, mas Powell reforçou o tom cauteloso: “Vai depender dos dados. Vamos reunião por reunião”.
- Indagado sobre a reunião de julho, Powell disse que “realmente não pode dizer” se seria cedo demais para cortar os juros.
- Operadores atribuem mais de 76% de chance de manutenção da taxa, segundo dados do CME FedWatch.
A postura do Fed irritou Trump, que na semana passada chamou Powell de “terrível” e “pessoa mentalmente mediana”. No evento, líderes de outros bancos centrais comentaram o impacto da política tarifária dos EUA e se países estariam se afastando de Washington.
- Trump havia anunciado em abril um pacote de tarifas amplas, mas recuou de parte das medidas após a reação negativa dos mercados.
- Desde então, o S&P 500 voltou a registrar máximas históricas, embora incertezas persistam quanto à trajetória do comércio global e seus efeitos sobre a economia.
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