Contratos do Brent e WTI avançaram mais de 2% durante a sessão desta terça-feira, impulsionados por temores geopolíticos e volatilidade nos mercados, mesmo com impacto limitado na oferta global até o momento.
Os preços do petróleo subiram nesta terça-feira com a escalada das tensões entre Irã e Israel, embora a infraestrutura energética principal e os fluxos globais de petróleo e gás tenham sido poupados de danos substanciais até o momento.
Os contratos futuros do petróleo Brent e do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, chegaram a subir mais de 2% no início da sessão, mas enfrentaram oscilações em meio a negociações voláteis, antes de recuperarem parte dos ganhos.
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Apesar da ausência de interrupções perceptíveis nos fluxos globais, o Irã suspendeu parcialmente a produção de gás no campo South Pars, que compartilha com o Catar, após um ataque israelense provocar um incêndio no sábado.
- Além disso, Israel atingiu um depósito de petróleo em Shahran, no Irã.
- “O mercado está bastante preocupado com a possibilidade de interrupções no Estreito de Ormuz, mas o risco disso é muito baixo”, afirmou Ole Hansen, analista do Saxo Bank.
- “Não há interesse em fechar a hidrovia, já que o Irã perderia receita e os EUA querem preços mais baixos para o petróleo e inflação mais baixa”, acrescentou.
A tensão se intensificou ainda mais com a notícia de que dois petroleiros colidiram e pegaram fogo perto do Estreito de Ormuz nesta terça-feira, em um contexto de aumento da interferência eletrônica na região, elevando os riscos operacionais para empresas que transportam petróleo e combustíveis pelo estreito estratégico.
- Mesmo com os riscos, há sinais de oferta ampla no mercado global.
- Em seu relatório mensal publicado hoje, a Agência Internacional de Energia (AIE) revisou para baixo sua projeção de demanda mundial de petróleo em 20 mil barris por dia, em relação à estimativa anterior, e aumentou a previsão de oferta global em 200 mil barris por dia, totalizando um crescimento de 1,8 milhão de bpd em 2024.
“Os investidores também estavam focados nas decisões sobre taxas de juros do banco central”, destacou Tamas Varga, analista da PVM Associates, em nota. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos EUA deve deliberar ainda nesta terça-feira sobre os rumos da taxa de juros americana, fator adicional que contribui para a cautela nos mercados de energia.
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