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Petróleo Cai Mais de 5% Após Ataque Iraniano a Base dos EUA no Catar Não Causar Vítimas

Mercado avalia risco reduzido de escalada após retaliação iraniana sem baixas; Trump pede preços mais baixos para o petróleo.

Os preços do petróleo registraram forte queda nesta segunda-feira, depois que um ataque com mísseis do Irã à base aérea americana de Al-Udeid, no Catar, não resultou em vítimas, alimentando esperanças de que o conflito no Oriente Médio possa ser contido.

Às 14h39 (horário de Brasília), o petróleo bruto dos EUA recuava US$ 3,88, ou 5,25%, para US$ 69,96 por barril, enquanto o Brent, referência global, caía US$ 4,04, ou 5,25%, para US$ 72,97. Ambos os contratos recuaram após terem alcançado máximas desde janeiro durante a noite, em resposta aos ataques aéreos.

Gráfico do Petróleo Brent – Via Plataforma ActivTrader/ActivTrades

Segundo a TV estatal iraniana, as Forças Armadas do Irã lançaram mísseis contra a base americana, mas o Ministério das Relações Exteriores do Catar confirmou que não houve vítimas.

  • “O mercado está precificando um cenário em que as coisas diminuam gradualmente”, afirmou Jorge Leon, chefe de análise geopolítica da Rystad Energy, à CNBC.
  • “O preocupante é que o outro cenário extremo, em que há a ameaça de fechar o Estreito de Ormuz, ainda é realista.”
  • Mais cedo, o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu a “todos” que mantenham os preços do petróleo mais baixos, possivelmente direcionando o apelo à indústria petrolífera doméstica para aumentar a produção.

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O Estreito de Ormuz continua sendo o ponto central de preocupação para os mercados. Cerca de 20% do petróleo global passa pela hidrovia, de acordo com a Administração de Informação de Energia dos EUA.

  • A mídia estatal iraniana informou que o parlamento apoiou o fechamento do estreito, embora a decisão final cabe ao Conselho de Segurança Nacional do Irã.
  • O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, classificou uma eventual tentativa iraniana de bloquear o estreito como “suicídio econômico” para Teerã.
  • “Temos opções para lidar com isso. Isso prejudicaria as economias de outros países muito mais do que a nossa”, afirmou Rubio em entrevista à Fox News, apelando também à China para que use sua influência sobre o Irã.
  • Segundo a consultoria Kpler, o Irã produziu 3,3 milhões de barris por dia em maio, exportando 1,84 milhão de bpd no último mês, principalmente para a China.

Além do Irã, as tensões também aumentam no Iraque, onde milícias pró-Teerã ameaçam responder caso o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, seja atacado. A Guarda Revolucionária iraniana alertou que “as bases dos EUA na região não são sua força, mas sim sua maior vulnerabilidade”, segundo a agência Fars.

  • O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita expressou “profunda preocupação” com os ataques dos EUA contra as instalações nucleares iranianas, mas Riad mantém envolvimento limitado nas ofensivas entre Irã e Israel.
  • Em meio à escalada, a Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou que “os mercados estão bem abastecidos hoje, mas estamos prontos para agir se necessário”, com 1,2 bilhão de barris em estoques de emergência disponíveis, declarou o diretor Fatih Birol.

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