Primeiro-ministro de Israel busca apoio de Trump para acordo com o Hamas, apesar de divisões internas em seu governo e pressão por uma vitória total.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou no domingo que espera que uma reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, em Washington, impulsione um acordo para libertar reféns israelenses em Gaza, enquanto negociações delicadas prosseguem com o grupo Hamas.
Ao partir de Tel Aviv, Netanyahu declarou: “Estamos trabalhando para fechar este acordo que foi discutido, de acordo com os termos que concordamos… E certamente acredito que a conversa com o presidente Trump pode ajudar a avançar neste resultado que todos nós esperamos.”
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A proposta em discussão, mediada por EUA, Catar e Egito, prevê um cessar-fogo de 60 dias, a libertação de 28 reféns israelenses e o início de negociações por um fim permanente da guerra. No entanto, grandes lacunas persistem, especialmente após o gabinete israelense considerar as exigências mais recentes do Hamas como “inaceitáveis”.
- Esta será a terceira visita de Netanyahu à Casa Branca desde que Trump assumiu em janeiro, superando qualquer outro líder mundial.
- O encontro acontece após os ataques conjuntos de Israel e EUA contra o Irã no mês passado, e deve incluir agradecimentos formais.
- “Agradecerei a Trump por seu forte alistamento em nome de Israel… contra nosso inimigo comum, o Irã”, disse Netanyahu, acrescentando que “permanecerá vigilante” contra qualquer avanço nuclear de Teerã.
Também está na pauta a possibilidade de novos acordos de segurança ou de normalização diplomática com estados árabes como Arábia Saudita e Síria. “Claramente mudamos o Oriente Médio a ponto de deixá-lo irreconhecível, e temos a oportunidade de mudá-lo ainda mais”, declarou Netanyahu.
- Porém, autoridades árabes reiteram que qualquer passo rumo à normalização exigiria, no mínimo, o fim da guerra em Gaza e, provavelmente, um caminho para a criação de um estado palestino.
- Trump já expressou apoio à iniciativa e afirmou na sexta-feira estar “muito otimista” quanto a um cessar-fogo.
- No entanto, a proposta gerou crescentes tensões na coalizão de governo israelense.
- Aliados de extrema direita ameaçam romper com Netanyahu por considerarem inaceitável qualquer trégua e por se oporem à ampliação da ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, criticou a decisão do gabinete de Netanyahu de retomar o mecanismo de ajuda humanitária liderado pela ONU, suspenso em março.
- “A decisão tomada ontem, contrária à nossa posição, de introduzir ajuda da maneira antiga e ruim é inaceitável para nós e consideraremos nossas medidas contra ela”, afirmou Smotrich no X.
- Já o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, foi mais duro, exigindo que Israel reconquiste militarmente todo o enclave, suspenda toda ajuda e incentive a emigração dos moradores de Gaza.
Segundo o plano mediado, as “negociações sérias” para o fim da guerra começariam no primeiro dia do cessar-fogo, e poderiam ser estendidas caso fosse necessário mais tempo para chegar a um acordo permanente.
- As conversas futuras também tratariam da retirada militar israelense e da troca de prisioneiros palestinos por reféns.
- Apesar das negociações, Netanyahu insiste que não encerrará a guerra sem alcançar a “vitória total” sobre o Hamas, mantendo seu posicionamento firme mesmo diante das divisões internas e da pressão internacional.
Desde o início do conflito, desencadeado pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, mais de 57.000 palestinos foram mortos, segundo autoridades de saúde de Gaza.
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