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Negociações UE-EUA Seguirão em Paris Apesar de Decisão Judicial Contra Tarifas de Trump

As negociações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos ocorrerão como planejado na próxima semana em Paris, mesmo após o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA declarar ilegal parte do programa tarifário do presidente Donald Trump.

A reunião entre o comissário europeu Maroš Šefčovič e autoridades americanas acontecerá à margem da ministerial da OCDE, com foco nas tarifas sobre aço, alumínio e automóveis. As negociações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos continuarão conforme o previsto, apesar de uma decisão do Tribunal de Comércio Internacional dos EUA que considerou ilegal parte das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump. O comissário de comércio da UE, Maroš Šefčovič, ainda deve se reunir com seus colegas americanos na próxima semana, à margem da reunião ministerial da OCDE, em Paris, segundo autoridades da UE. A decisão judicial anulou o programa tarifário anunciado por Trump em 2 de abril, que incluía uma tarifa básica de 10%. No entanto, as tarifas setoriais sobre automóveis, aço e alumínio da UE, com alíquotas de 25%, continuam em vigor.

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O julgamento ocorre em um momento sensível, após um impasse entre a UE e os EUA que levou Trump, na última sexta-feira, a anunciar uma tarifa geral de 50% sobre produtos europeus — medida da qual ele recuou após uma conversa com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

  • Na segunda-feira, a Comissão informou aos Estados-membros que a tarifa “recíproca” de 10% provavelmente permaneceria, marcando um abrandamento de sua postura anterior.
  • Autoridades da UE indicaram que o bloco está disposto a oferecer cortes regulatórios em áreas que preocupam empresas americanas, como parte dos esforços em andamento para simplificar leis e reduzir a burocracia.
  • A tarifa de 10% afeta cerca de 70% das exportações da UE, estimadas em € 380 bilhões, e os EUA haviam afirmado que essa taxa não era negociável antes da decisão judicial.

O ex-funcionário comercial da UE Ignacio García Bercero alertou que seria “um erro” usar a decisão como justificativa para interromper as negociações. Ele disse que as conversas devem se concentrar principalmente nas tarifas sobre aço, alumínio e automóveis e buscar soluções conjuntas sobre excesso de capacidade e subsídios.

  • Joost Pauwelyn, do escritório Cassidy Levy Kent, afirmou que um recuo da UE poderia, “de forma perversa”, intensificar a guerra comercial com os EUA.
  • Segundo ele, Trump poderia redobrar a pressão usando outros mecanismos legais, reduzindo as chances de acordo.

Allie Renison, ex-autoridade comercial do Reino Unido, agora na consultoria SEC Newgate, afirmou que a decisão gera mais incertezas para os parceiros comerciais dos EUA, que “ainda precisarão de alguma base de certeza”, dado o impacto potencial das tarifas setoriais.

  • Um diplomata da UE envolvido nas negociações disse que a decisão do tribunal dá tempo ao bloco.
  • “Não acho que precisamos nos apressar”, afirmou.
  • A Comissão Europeia, por sua vez, recusou-se a comentar a decisão judicial dos EUA.

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