Grupo enfrenta dificuldades para cumprir metas de produção, enquanto demanda global sustenta preços elevados.
Apesar dos aumentos anunciados pela OPEP+, o mercado global de petróleo segue apertado. A aliança deveria adicionar 2,5 milhões de barris por dia entre março e setembro, mas diversos países não conseguiram elevar a produção ou foram forçados a reduzi-la por excedentes anteriores.
- “O Iraque e, em menor grau, a Rússia estão compensando a superprodução passada”, disse Jorge Leon, da Rystad Energy.
- O Brent subiu de US$ 58 para US$ 68 desde abril.
- O mercado opera em backwardation, com o preço do contrato para o primeiro mês superando o de seis meses à frente em US$ 2,74, reflexo da forte demanda por energia no Oriente Médio e do aumento dos estoques estratégicos na China, que acumulou 82 milhões de barris no segundo trimestre.
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Enquanto isso, os estoques de petróleo da OCDE e dos Estados Unidos permanecem abaixo da média de cinco anos, reforçando a escassez. Dados mostram que, entre abril e junho, os oito países autorizados da OPEP+ aumentaram a produção em apenas 540.000 bpd, sendo mais de 70% desse aumento vindos da Arábia Saudita.
- Ainda assim, as exportações totais cresceram só 460.000 bpd, enquanto a demanda global subiu 1 milhão de bpd, segundo a Agência Internacional de Energia.
- “A Arábia Saudita foi efetivamente responsável por todo o aumento”, apontam dados da Vortexa.
- Outros produtores viram seus embarques caírem.
- As altas temperaturas também limitaram exportações no Golfo.
- “O mercado está dizendo que está apertado”, afirmou um trader veterano.
Para setembro, a OPEP+ visa elevar a produção a 32,36 milhões de bpd, ante os 30,80 milhões de bpd de março, mas analistas como Giovanni Staunovo, do UBS, seguem céticos: “Espero que os aumentos efetivos de volume sejam inferiores aos aumentos de cota”. As restrições por superprodução seguirão em vigor até junho de 2026.
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