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Jamie Dimon Promete Aprofundar Envolvimento do JPMorgan Com a China

Presidente-executivo do JPMorgan se reuniu com altos funcionários chineses e declarou intenção de expandir presença no país, após acordo entre EUA e China para reduzir tarifas por 90 dias, segundo matéria do Financial Times.

O presidente-executivo do JPMorgan, Jamie Dimon, prometeu aprofundar o envolvimento do banco com a China, segundo relato da mídia estatal chinesa sobre encontros recentes entre o executivo e altos funcionários do governo em Pequim, incluindo o principal negociador comercial chinês. As reuniões ocorreram semanas após China e Estados Unidos concordarem em reduzir tarifas em 115 pontos percentuais por um período de 90 dias, num movimento que representa um recuo significativo nas tensões comerciais bilaterais. As declarações de Dimon foram vistas como mais um sinal de reaproximação entre as duas potências econômicas. Durante um encontro com o vice-primeiro-ministro He Lifeng, Dimon afirmou que o JPMorgan “aprofundaria seu envolvimento” com os mercados de capitais chineses e apoiaria tanto multinacionais que operam no continente quanto empresas chinesas em expansão internacional, conforme informou a agência estatal Xinhua.

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He, um aliado próximo do presidente Xi Jinping, respondeu que a China deseja que empresas americanas “continuem contribuindo para o desenvolvimento saudável, estável e sustentável das relações econômicas e comerciais China-EUA”, de acordo com o mesmo comunicado.

  • Na sexta-feira, Dimon também se reuniu com Ren Hongbin, presidente do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, no contexto da conferência anual organizada pelo JPMorgan em Xangai.
  • Segundo a mídia estatal, ambos discutiram formas de promover intercâmbios entre as comunidades empresariais dos dois países e aprofundar a cooperação em investimentos financeiros.
  • O governo chinês tem buscado engajar lideranças corporativas dos EUA, mesmo diante de um ambiente político cada vez mais tenso com Washington.
  • Em março, o CEO da Apple, Tim Cook, e o investidor Ray Dalio participaram de um fórum em Pequim e também se reuniram com He Lifeng.

Empresas americanas continuam a enfrentar desafios na China, especialmente após aumentos tarifários e deterioração das relações políticas durante o segundo mandato do presidente dos EUA, Donald Trump.

  • A PVH, controladora das marcas Calvin Klein e Tommy Hilfiger, foi colocada este ano em uma lista de entidades especiais no país, enquanto o Walmart foi intimado por autoridades após relatos de pressão sobre fornecedores para redução de preços.
  • Apesar de um acordo comercial em 2020 que permite posse integral de operações financeiras no país, instituições americanas do setor enfrentam dificuldades.
  • O JPMorgan, que mantém um negócio de valores mobiliários na China, foi a primeira empresa estrangeira a obter licença para operar um negócio de futuros de forma independente em 2020 e, em 2023, assumiu controle total de sua joint venture de gestão de ativos.

No ano passado, durante a mesma conferência em Xangai, Dimon comentou em sessão fechada que parte das operações do banco na China haviam “despencado”, em meio a uma queda acentuada em novas listagens e retração nas atividades de fusões e aquisições internacionais, refletindo mudanças regulatórias locais.

  • Segundo uma fonte do Financial Times presente na conferência deste ano, o tom de Dimon foi “otimista”, com destaque para os avanços tecnológicos da China.
  • Procurado, o JPMorgan não comentou sobre as reuniões.

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