O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na segunda-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar uma nova política nacional voltada à atração de investimentos em data centers e reiterou que que o Brasil não tomará partido entre Estados Unidos e China.
Segundo Haddad, a política nacional voltada à atração de investimentos em data centers é uma iniciativa que tem como objetivos estratégicos a redução do déficit externo em serviços, o aproveitamento da matriz energética limpa do país e a proteção de dados sensíveis. “Assim que o presidente voltar, ele deve marcar uma data para anunciar”, disse Haddad em entrevista ao UOL. “Estamos importando 60% dos serviços de data center hoje. Não faz sentido. O Brasil tem energia limpa e cabeamento de qualidade. Tem tudo para processar seus dados aqui, inclusive por questão de segurança”, afirmou. O ministro também destacou que o plano está sendo estruturado com foco em compras governamentais e proteção da privacidade dos cidadãos, ressaltando que alguns centros de dados precisarão estar no país por exigência legal ou estratégica.
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Haddad aproveitou a entrevista para reiterar que o Brasil não tomará partido na disputa comercial entre Estados Unidos e China. “O presidente Lula não vai fazer essa escolha. Precisamos de bons acordos com todos os blocos: Ásia, Europa e EUA”, declarou.
- Segundo o ministro, a conversa recente com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, foi franca e abordou temas sensíveis, como as tarifas aplicadas por Washington à América do Sul. “
- “A América do Sul é deficitária na relação com os EUA. Não faz sentido aplicar tarifas dessa forma. E ele reconheceu isso. Vamos negociar”, relatou.
Haddad reforçou que tanto os Estados Unidos quanto a China são essenciais para o desenvolvimento do Brasil — os EUA pela tecnologia de ponta, e a China como maior parceiro comercial.
- Ele também afirmou que Lula é visto internacionalmente como um democrata legítimo, com credibilidade para dialogar com diferentes polos de poder.
- “Talvez seja um dos poucos líderes com portas abertas em qualquer quadrante do mundo”, concluiu.
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