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Haddad Diz Que Ainda Espera Acordo Com os EUA Antes da Tarifa de 50% Entrar em Vigor

Ministro afirma que Brasil continua negociando e aponta possibilidade de reunião com secretário do Tesouro americano nesta semana.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na segunda-feira que ainda há expectativa de avanço nas negociações com os Estados Unidos antes do dia 6, quando entra em vigor a tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros. Segundo ele, há a possibilidade de uma reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ainda nesta semana.

  • “Creio que alguma coisa pode acontecer até o dia 6. Nós não estamos trabalhando com datas fatídicas, finais. Nunca saímos da mesa de negociação, nem sairemos. Hoje nós ainda não temos um acordo. O Brasil, nesses termos, não vai fazer um acordo, porque não faz sentido a tarifa de 50%”, afirmou Haddad em entrevista à BandNews.
  • Ele confirmou que a equipe de Bessent entrou em contato na sexta-feira para agendar a reunião com a equipe econômica brasileira.
  • “A Fazenda anseia por esse encontro já há algumas semanas”, disse o ministro.

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Haddad destacou que o anúncio da tarifa trouxe alívio para alguns setores, mas outros seguem preocupados. Segundo ele, o Brasil está disposto a discutir acordos de cooperação envolvendo minerais críticos e terras raras, enfatizando o potencial do país para contribuir com tecnologias ligadas à produção de baterias mais eficientes.

  • “Temos minerais críticos e terras raras. Os Estados Unidos não são ricos nesses minerais, podemos fazer acordos de cooperação para produzir baterias mais eficientes”, explicou.
  • Ele também citou o potencial brasileiro em tecnologias que interessam a quem teme criptoativos ou a desdolarização.

O ministro afirmou que, embora o Brasil não dependa mais tanto dos Estados Unidos, não há interesse em prejudicar uma parceria comercial de mais de 200 anos. “Não temos interesse em nos afastar dos Estados Unidos. Nós temos 12% das nossas exportações para os Estados Unidos. O que nos preocupa é um terço, 4% das nossas exportações”, declarou.

  • Haddad ressaltou que o país deve manter uma política externa independente.
  • “Somos um país grande demais para servir de satélite de bloco econômico, precisamos diversificar cada vez mais”, afirmou.

Ele também criticou a politização da relação comercial entre os dois países. “Nós temos que considerar um fato. A [situação] foi politizada. Nós temos que procurar despolitizar o debate comercial”, disse.

  • O Pix tem que ser mantido sob a autoridade do Banco Central. Nós somos um país soberano.”
  • Por fim, Haddad disse que pretende usar a conversa com Bessent para esclarecer o papel do Judiciário brasileiro e reforçar que os Poderes no Brasil são independentes.
  • “O principal motivo do nosso encontro é separar as coisas. A nossa soberania não está em discussão”, afirmou.

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