Focus: IPCA Sobe Pela 17ª Semana Consecutiva

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 17ª semana consecutiva, de 5,51% para 5,58%, ficando 1,08 ponto percentual acima do teto da meta de 4,50%. Há um mês, a projeção era de 5,00%. Nos últimos cinco dias úteis, considerando apenas as estimativas mais recentes, a previsão caiu ligeiramente de 5,58% para 5,51%.

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A partir deste ano, a meta de inflação passa a ser apurada de forma contínua, com centro em 3% e tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Caso o IPCA fique fora desse intervalo por seis meses consecutivos, o Banco Central será considerado fora do alvo.

  • O Comitê de Política Monetária (Copom) reconheceu um cenário de curto prazo adverso para a inflação, principalmente devido à alta nos preços dos alimentos, impactados pela estiagem e pelo ciclo do boi, além da pressão dos bens industrializados por conta do câmbio.
  • O BC indicou que, se as projeções se confirmarem, a inflação acumulada em 12 meses deve permanecer acima do limite da meta nos próximos seis meses.

Para 2026, a projeção do Focus subiu pela sétima semana seguida, de 4,28% para 4,30%, ante 4,05% um mês antes. Porém, entre as previsões mais recentes, a mediana caiu para 4,23%.

  • O Copom aumentou a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 12,25% para 13,25%, e indicou uma nova elevação para 14,25% na reunião de março, mantendo sua estratégia de convergência da inflação para a meta. Para o terceiro trimestre de 2026, o BC espera uma inflação de 4,0%.
  • As projeções para os anos seguintes seguem pressionadas. A mediana para 2027 permaneceu em 3,90% pela quinta semana consecutiva, enquanto a previsão para 2028 subiu de 3,74% para 3,78%, marcando o quinto aumento consecutivo. Um mês antes, essa projeção era de 3,56%.

A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2025 permaneceu estável em 15,00% pela quinta semana consecutiva.

  • Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou os juros de 12,25% para 13,25% e sinalizou mais um aumento de 1 ponto percentual, para 14,25%, na reunião de março.
  • Entre as projeções mais recentes, a estimativa intermediária para a Selic ao fim de 2025 subiu de 15,13% para 15,25%.
  • Para 2026, a mediana permaneceu em 12,50%, após ter sido revisada de 12,0% há um mês. Já a projeção de curto prazo passou de 12,63% para 12,50%.
  • A estimativa intermediária para 2027 subiu de 10,38% para 10,50%, ante 10,25% quatro semanas atrás.
  • Para 2028, a projeção se manteve em 10,0% pela sétima semana consecutiva.
  • Na ata de sua última reunião, o Copom destacou que a alta dos juros é compatível com a estratégia de convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que é o terceiro trimestre de 2026. O colegiado projeta uma inflação de 5,2% para 2025 e de 4,0% para 2026.

As medianas do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 e 2026 permaneceram em R$ 6,00, mantendo-se estáveis pela quinta e quarta semanas consecutivas, respectivamente.

  • A projeção para 2027 também seguiu inalterada em R$ 5,93, enquanto a estimativa para o fim de 2028 oscilou ligeiramente de R$ 6,00 para R$ 5,99.
  • Desde 2020, o Focus passou a calcular a projeção anual do câmbio com base na média da taxa para o mês de dezembro, em vez do valor projetado para o último dia útil do ano. A mudança visa trazer maior precisão às estimativas do mercado financeiro.

A mediana do relatório Focus para o crescimento do PIB brasileiro em 2025 caiu de 2,06% para 2,03%, após ter sido projetada em 2,02% um mês atrás.

  • Entre as estimativas mais recentes, a projeção passou de 2,06% para 2,01%. Para 2026, a estimativa intermediária recuou de 1,72% para 1,70%, abaixo dos 1,80% registrados um mês antes.
  • Já a previsão para 2027 permaneceu em 1,96%, após ter sido revisada de 2,00% no mês anterior. Para 2028, a projeção seguiu estável em 2,0%, nível mantido há 48 semanas.

O Banco Central, em seu Relatório Trimestral de Inflação (RTI), projeta um crescimento de 3,50% para a economia brasileira em 2024 e de 2,10% para 2025.

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