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Fábricas Globais Enfrentam Dificuldades Diante de Tarifas de Trump

Indústrias ao redor do mundo enfrentam crescentes dificuldades diante da guerra comercial promovida pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com dados recentes indicando retração sincronizada da atividade fabril em diversas regiões.

Recentes relatórios divulgados mostraram contrações ou enfraquecimento da produção na Ásia, Europa e América Latina, aprofundando o impacto negativo causado pelas tarifas americanas e pela incerteza generalizada nas cadeias de suprimento globais. Na sexta-feira, indicadores de gerentes de compras (PMIs) mostraram novas quedas na Coreia do Sul, Taiwan, Tailândia, Malásia e Indonésia. Já na China, a atividade industrial registrou sua maior contração desde dezembro de 2023, enquanto os EUA enfrentaram o pior desempenho manufatureiro em cinco meses. O JPMorgan Global Manufacturing Index de produção futura caiu ao menor nível desde outubro de 2022. “As empresas estão em compasso de espera diante da natureza intermitente das tarifas”, afirmou James Knightley, economista-chefe internacional do ING. “Não tomarão grandes decisões até que haja clareza sobre o ambiente econômico.”

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A incerteza também ecoou nos mercados emergentes. O PMI industrial do Brasil recuou para 50,3, o mais fraco desde dezembro de 2023, com a confiança empresarial no menor nível em cinco anos, segundo o Goldman Sachs.

  • No México, o indicador caiu para 44,8, no décimo mês seguido de contração.
  • Na África do Sul, o PMI caiu para 44,7, refletindo pessimismo diante das tarifas e instabilidade política doméstica.
  • Mesmo na zona do euro, onde o PMI industrial subiu para o maior nível em 32 meses, o índice continuou em território de contração.
  • “Qualquer melhora pode ser temporária, já que os produtos chineses tendem a chegar à Europa em maior volume, pressionando a concorrência”, alertou Cyrus de la Rubia, economista do Banco Comercial de Hamburgo.

Enquanto a Índia se destacou com crescimento na atividade industrial, outros grandes mercados continuam lidando com os efeitos colaterais da política tarifária.

  • Gene Seroka, diretor executivo do Porto de Los Angeles, previu semanas ou meses de disrupção na logística, dada a complexidade para realocar cadeias produtivas. “Não se pode simplesmente fechar a China hoje e abrir o Camboja amanhã”, disse.
  • Com a falta de clareza sobre os próximos passos de Trump e sem garantias de que acordos bilaterais substituirão o modelo de comércio multilateral em colapso, o risco de uma recessão global permanece elevado.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, já havia alertado no mês passado que o prolongamento da incerteza tarifária ampliaria esse risco de forma significativa.

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