EUA Pressiona Ucrânia por Trégua Rápida em Troca de Acordo Sobre Minerais

Os Estados Unidos estão pressionando a Ucrânia a aceitar um cessar-fogo rápido com a Rússia como condição para finalizar um acordo econômico sobre minerais essenciais, segundo fontes próximas às negociações da Bloomberg.

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Autoridades europeias foram informadas de que o presidente Donald Trump deseja vincular o pacto de minerais com a exigência de que Kiev apresente um caminho concreto para negociações de paz com Moscou.

  • De acordo com pessoas familiarizadas com as discussões, Washington indicou que Trump está disposto a destravar o acordo de cooperação econômica, que está suspenso desde um desentendimento entre Trump e Volodymyr Zelenskiy na semana passada, desde que o líder ucraniano aceite discutir um cessar-fogo com a Rússia.
  • Fontes da Bloomberg sugerem que pode haver avanços na negociação nos próximos dias, e autoridades americanas e ucranianas podem se reunir na Arábia Saudita, onde Zelenskiy viajará na próxima semana.
  • No entanto, há incertezas, pois Trump costuma mudar de posição.
  • A Casa Branca não comentou oficialmente sobre o assunto.

Pressão dos EUA e suspensão de ajuda militar

Nos últimos dias, o governo Trump intensificou a pressão sobre a Ucrânia, suspendendo toda a ajuda militar e cortando o fornecimento de inteligência, segundo autoridades europeias.

  • O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, afirmou à Fox News que a retomada da assistência dependeria do avanço das negociações de trégua com Moscou.
  • O ex-diretor da CIA, John Brennan, classificou a decisão de Trump como uma “tática de pressão e extorsão”, alertando que nunca antes os EUA cortaram inteligência militar por razões políticas.
  • Oficiais de inteligência europeus alertam que a suspensão pode comprometer operações militares ucranianas e reduzir a eficácia de mísseis fornecidos pelo Reino Unido e outros aliados.

Zelenskiy e a resposta da Ucrânia

Em discurso na União Europeia, Zelenskiy afirmou que as relações entre Ucrânia e EUA foram retomadas e que espera uma “reunião significativa” na próxima semana.

  • Entretanto, não há indicação de que a Rússia esteja disposta a concordar com um cessar-fogo ou que os EUA estejam pressionando Moscou para fazer concessões.
  • O general aposentado Keith Kellogg, enviado especial de Trump para a Ucrânia e Rússia, disse que Kiev foi alertada de que poderia perder o apoio dos EUA se não demonstrasse mais disposição para negociações.
  • Segundo ele, a estratégia americana visa forçar a Ucrânia a apresentar “um plano concreto” para um acordo de paz.
  • A administração Trump sugeriu que qualquer cessar-fogo poderia exigir que Kiev abrisse mão de partes do território ucraniano e desistisse de ingressar na OTAN.

Europa busca contrapeso à estratégia de Trump

Diante da incerteza sobre o compromisso de Trump, líderes europeus, liderados por Reino Unido e França, estão desenvolvendo um plano para garantir à Ucrânia apoio militar contínuo, independentemente da posição americana.

  • O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, alertou sobre os riscos de depender exclusivamente das negociações de Trump. “A luta continua, e é um erro pensar que basta esperar por um acordo”, afirmou.
  • Fontes da Bloomberg em Londres afirmam que o Reino Unido está trabalhando para restabelecer a assistência militar e de inteligência dos EUA à Ucrânia.
  • No entanto, há receios de que uma trégua imposta sem garantias de segurança possa resultar em um acordo desfavorável para Kiev e colocar em risco a estabilidade da Europa.

A incerteza sobre Putin e o futuro das negociações

Os líderes europeus também questionam se Trump acredita que Vladimir Putin está realmente disposto a negociar um acordo de paz duradouro.

  • Autoridades europeias temem que Trump imponha uma trégua frágil à Ucrânia sem garantias de longo prazo, o que poderia comprometer a segurança do continente.
  • O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, rejeitou a ideia de forças de paz ocidentais na Ucrânia, contrariando declarações anteriores de Trump de que Putin poderia aceitá-las.
  • Para diplomatas europeus, se Moscou não demonstrar interesse em negociar, ficará claro que Putin não tem intenção de encerrar a guerra.

Ainda de acordo com a matéria, se isso ocorrer, o maior temor entre os aliados europeus é que Trump simplesmente abandone as negociações, deixando a Ucrânia em uma situação de extrema vulnerabilidade.

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