Washington e Moscou discutem congelamento do conflito e reconhecimento da ocupação russa como parte de possível acordo.
Os Estados Unidos e a Rússia estão negociando um acordo de cessar-fogo na Ucrânia que consolidaria o controle russo sobre territórios ocupados desde o início da guerra, disseram fontes próximas às discussões. O plano prevê um encontro entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin já na próxima semana, com Putin exigindo a cessão do Donbass e da Crimeia pela Ucrânia.
- O acordo em negociação permitiria à Rússia interromper sua ofensiva nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia, mantendo as atuais linhas de controle.
- As autoridades americanas tentam obter o apoio de Zelenskiy e dos aliados europeus, mas o presidente ucraniano poderá receber um acordo de “pegar ou largar”, afirmaram fontes da Bloomberg.
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O cessar-fogo abriria caminho para negociações técnicas sobre um acordo de paz, ainda sem garantias de que Moscou estaria disposta a devolver territórios ocupados, incluindo a usina nuclear de Zaporizhzhia. A Ucrânia se recusa a comentar e afirma que não reconhecerá qualquer cessão de território, algo proibido por sua Constituição.
- A pressão aumentou após Trump exigir um acordo até sexta-feira, sob ameaça de novas tarifas a países que compram petróleo russo.
- Trump ainda não impôs sanções diretas à Rússia, mas elevou as tarifas sobre importações da Índia para 50%, em resposta às compras de petróleo russo por Nova Déli.
- Putin, por sua vez, fez ligações aos líderes da China, Índia, África do Sul, Uzbequistão, Cazaquistão e Belarus para discutir a reunião de 6 de agosto com o enviado de Trump, Steve Witkoff, que já se encontrou cinco vezes com o líder russo.
Trump afirmou que está disposto a se reunir com Putin, mesmo sem a presença de Zelenskiy. “Não gosto de longas esperas. Eles gostariam de se encontrar comigo e farei tudo o que puder para impedir a matança”, declarou.
- O acordo em discussão incluiria o reconhecimento da Crimeia como parte da Rússia, e a devolução parcial do controle das regiões de Zaporizhzhia e Kherson à Ucrânia, conforme propostas anteriores.
- No entanto, Putin insiste que Kiev aceite a neutralidade, abandone a OTAN e reconheça a perda permanente de territórios, incluindo as quatro regiões anunciadas como parte da Rússia em 2022.
- Autoridades americanas ainda expressam ceticismo sobre a real disposição de Putin em interromper o conflito.
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