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EUA e China Realizam Primeira Ligação Desde Genebra, Mantendo Canal Diplomático Aberto

Contato entre altos funcionários é visto como sinal de progresso nas negociações comerciais.

Altos representantes dos Estados Unidos e da China realizaram na quinta-feira sua primeira ligação desde as negociações de alto nível em Genebra, sinalizando um esforço contínuo para manter as linhas de comunicação abertas enquanto os dois países buscam um acordo comercial mais amplo. O vice-ministro das Relações Exteriores chinês, Ma Zhaoxu, e o vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, discutiram uma série de temas importantes, conforme declarações alinhadas divulgadas por ambos os lados nesta sexta-feira. Nenhum deles especificou se as tarifas estavam entre os tópicos abordados. Analistas ouvidos pela CNBC classificaram o contato como um “sinal positivo”, indicando que o canal de diálogo criado em Genebra continua operante. “Pequim agora sabe com quem falar do lado americano”, afirmou Dan Wang, diretor do Eurasia Group na China.

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A ligação marca um novo momento de engajamento diplomático desde o encontro em Genebra, no início do mês, que resultou em uma rara declaração conjunta para suspender temporariamente a maioria das tarifas aplicadas por ambos os países.

  • A última vez que Washington e Pequim haviam emitido uma declaração conjunta foi em novembro de 2023, centrada na cooperação climática.
  • De acordo com Xinbo Wu, diretor do Centro de Estudos Americanos da Universidade Fudan, este foi apenas o segundo contato diplomático de alto nível entre os dois governos durante o segundo mandato do presidente Donald Trump.
  • O primeiro foi em janeiro, entre o ministro chinês Wang Yi e o secretário de Estado americano Marco Rubio.
  • Wu também destacou que o novo contato pode indicar preparativos para futuras discussões sobre o combate ao tráfico de fentanil, uma das prioridades do governo Trump.

No início da semana, Ma Zhaoxu se reuniu com o novo embaixador dos EUA em Pequim, David Perdue. Segundo comunicado oficial, a reunião demonstrou a intenção chinesa de estreitar a cooperação nas tratativas comerciais.

  • Em publicação na rede social X, Perdue afirmou ter compartilhado as prioridades do presidente Trump e expressado disposição para obter resultados concretos nas relações bilaterais.
  • Trump tem priorizado o combate ao envio de precursores de fentanil da China e a abertura dos mercados chineses às empresas americanas.
  • A chegada de Perdue ocorre num contexto de tensões comerciais persistentes, enquanto exportadores chineses buscam diversificar seus mercados e empresas americanas aceleram planos de realocar cadeias produtivas para fora da China.

Em outro encontro relevante, o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng afirmou ao CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, que as negociações econômicas com os EUA “fizeram progresso substancial”, reiterando o compromisso de Pequim em abrir mais seu mercado às empresas americanas.

  • Segundo a conta de mídia social Yuyuantantian, vinculada à estatal CCTV, Dimon transmitiu a posição do governo americano de que não deseja uma dissociação econômica com a China.
  • Apesar da trégua tarifária alcançada em Genebra, tensões persistem.
  • Autoridades chinesas criticaram os EUA por advertirem empresas contra o uso de chips de inteligência artificial fabricados na China, especialmente os da Huawei.

Em nota divulgada na sexta-feira, analistas da Nomura afirmaram que o conflito em setores estratégicos é inevitável. “A dissociação estratégica continua inevitável”, escreveram, prevendo tarifas direcionadas dos EUA e possíveis retaliações chinesas, como restrições à exportação de terras raras.

  • O Ministério do Comércio da China condenou as ações americanas como “intimidação unilateral” e prometeu medidas resolutas para defender seus interesses.

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