O Comitê de Política Monetária (Copom) reafirmou que a elevação da Selic em 1 ponto percentual na reunião de março, levando a taxa de juros de 13,25% para 14,25% ao ano, continua sendo a decisão apropriada. No entanto, deixou em aberto os próximos passos da política monetária a partir de maio. A justificativa para essa abordagem está na análise do cenário econômico. O Copom destacou que fatores de curto prazo, como a taxa de câmbio e a inflação corrente, e de médio prazo, como o hiato do produto e as expectativas de inflação, ainda exigem uma política monetária mais restritiva. Esses elementos também sustentaram a decisão recente de elevar a taxa básica em 1 ponto percentual.
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Para além da próxima reunião, o comitê reforçou que a trajetória dos juros dependerá da evolução da inflação, especialmente dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, bem como das projeções inflacionárias, expectativas do mercado, balanço de riscos e nível de atividade econômica.
O Comitê de Política Monetária (Copom) reafirmou, na ata de sua última reunião, que o ciclo de alta da Selic será determinado pelo compromisso de convergência da inflação à meta.
- A decisão já havia sido sinalizada no comunicado da semana anterior, quando o Banco Central elevou os juros de 12,25% para 13,25% ao ano.
O Copom manteve a orientação de um novo aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião, em março, o que levaria a Selic a 14,25%.
- A partir desse ponto, a condução da política monetária dependerá da evolução da inflação e de indicadores econômicos.
O Banco Central repetiu suas projeções para o IPCA, estimando inflação de 4,0% até o terceiro trimestre de 2026, acima da meta de 3%. Para 2025, a previsão é de 5,2%, superando o teto da meta de 4,5%.
- O cenário de referência considera taxa de câmbio iniciando em R$ 6,00, preços do petróleo seguindo a curva futura por seis meses e depois subindo 2% ao ano, além da bandeira verde de energia elétrica ao longo de 2024 e 2025.
O Copom destacou na ata de sua última reunião a importância da harmonia entre as políticas fiscal e monetária, ressaltando que a política econômica deve ser previsível, crível e anticíclica.
- O colegiado alertou que a percepção do mercado sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida tem influenciado significativamente os preços de ativos e as expectativas econômicas.
- O Copom enfatizou que a falta de disciplina fiscal, o aumento do crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública podem elevar a taxa de juros neutra, reduzindo a eficácia da política monetária e aumentando o custo da desinflação para a economia.
O Comitê também reforçou que manter os canais da política monetária desobstruídos, sem interferências que reduzam sua efetividade, é essencial para uma condução mais eficiente da economia.
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