Os principais formuladores de políticas da China prometeram, na sexta-feira, fortalecer o apoio a empresas e trabalhadores afetados pelas tarifas norte-americanas, em um esforço para preservar a estabilidade econômica interna diante de uma guerra comercial prolongada com os Estados Unidos, informou a mídia estatal.
Durante uma reunião do Politburo do Partido Comunista – o principal órgão de tomada de decisões políticas do país – os líderes destacaram a necessidade de enfrentar os “piores cenários” com um planejamento mais sólido e ações concretas para blindar a economia contra os crescentes choques externos. “As bases para uma recuperação econômica sustentada ainda precisam ser consolidadas, e o impacto dos choques externos está aumentando”, informou a agência estatal Xinhua, citando o comunicado oficial da reunião. As autoridades afirmaram que o país intensificará a emissão de dívida pública, flexibilizará ainda mais a política monetária e apoiará empregadores diretamente impactados pelas tarifas de três dígitos impostas pelos EUA. O objetivo, segundo o comunicado, é “estabilizar o emprego, as empresas, os mercados e as expectativas” e garantir “o desenvolvimento de alta qualidade” frente à incerteza global.
Entre as medidas anunciadas, o governo planeja aumentar a devolução de recursos do seguro-desemprego às empresas mais atingidas, numa tentativa de frear o crescimento do desemprego.
- O Politburo também propôs cortes oportunos nas taxas de juros e na taxa de reserva compulsória dos bancos, além de ações para fomentar o consumo, especialmente no setor de serviços.
- “Devemos adotar múltiplas medidas para ajudar empresas em dificuldades”, afirmou o documento.
- “É necessário fortalecer o apoio financeiro e acelerar a integração entre os mercados doméstico e internacional.”
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Apesar de a economia chinesa ter registrado um crescimento acima do esperado de 5,4% no primeiro trimestre de 2025, analistas consultados pela Reuters alertam para o risco de desaceleração acentuada nos próximos meses, à medida que as tarifas norte-americanas começam a impactar setores estratégicos e exportações de alto valor agregado.
- Em Washington, o presidente dos EUA, Donald Trump, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, adotaram um tom mais conciliatório esta semana, afirmando que as tarifas são economicamente insustentáveis e sugerindo disposição para reavaliar o atual regime comercial.
- Pequim, no entanto, reforçou que qualquer avanço nas negociações dependerá da remoção das tarifas impostas unilateralmente por Washington.
A escalada comercial entre as duas potências tem alimentado incertezas nos mercados globais e lançado dúvidas sobre o ritmo da recuperação econômica mundial.
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