Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, discutirão nesta semana em Moscou o gasoduto Power of Siberia 2, em meio a impasses sobre rota, custo e prioridade estratégica.
Xi Jinping e Vladimir Putin, buscam acelerar um acordo que aumentaria o fornecimento de gás russo para a China, seu maior parceiro energético e destino cada vez mais crucial para as exportações russas desde o colapso de seu mercado europeu após a invasão da Ucrânia em 2022. Do lado chinês, a urgência tem sido menor, em razão de sua política de diversificação de importações e do acesso a outras fontes de suprimento. No entanto, fontes das Bloomberg próximas às negociações afirmam que a pressão econômica sobre ambos os países pode estar abrindo caminho para avanços. A Rússia, sob sanções severas do Ocidente, busca alternativas comerciais, enquanto a China vê no gás russo uma opção de custo mais baixo para lidar com seus desafios industriais.
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De acordo com pessoas familiarizadas com as conversas, Pequim estaria disposta a aceitar um preço de fornecimento mais elevado do que o anteriormente discutido, embora ainda inferior ao cobrado por gás liquefeito.
- A Rússia, por sua vez, tenta negociar valores entre o preço do gás doméstico e o valor do Power of Siberia 1, que está próximo de operar em plena capacidade, com 38 bilhões de metros cúbicos por ano.
- A nova ligação permitiria um acréscimo de 50 bilhões de metros cúbicos anuais às exportações russas.
- Contudo, persistem divergências, como a preferência chinesa por uma rota direta, evitando a Mongólia — rota defendida por Moscou.
Apesar da retomada das negociações, pessoas próximas ao processo disseram a Bloomberg que não se espera a assinatura de um acordo durante a visita.
- A Gazprom e autoridades do governo russo não comentaram os detalhes, enquanto o Ministério das Relações Exteriores da China também não respondeu aos pedidos.
As discussões ocorrem em um momento em que os EUA buscam monitorar e, possivelmente, influenciar os laços energéticos entre Moscou e Pequim, incluindo movimentos em torno da Gazprom.
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