Exportações sustentam expansão, mas demanda doméstica continua fragilizada.
A economia da China cresceu 5,2% entre abril e junho em relação ao mesmo período de 2024, superando as expectativas do mercado, impulsionada por fortes exportações, apesar da fraqueza persistente do consumo doméstico e pressões deflacionárias. A taxa veio levemente abaixo do crescimento de 5,4% registrado no primeiro trimestre, mas acima da mediana das previsões de 5,1%.
A produção industrial avançou 6,8% em junho, superando as projeções de 5,6%, enquanto as vendas no varejo cresceram 4,8%, abaixo das expectativas.
- Setores como bebidas, cosméticos e alimentação fora de casa registraram queda nas vendas, enquanto eletrodomésticos e móveis seguiram em alta com ajuda de subsídios.
- A demanda interna continua insuficiente, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas (NBS), que também alertou para “fatores instáveis e incertos” no cenário externo.
- O deflator do PIB caiu pelo nono trimestre consecutivo, sinalizando deflação persistente, a mais longa desde 1993.
O consumo representou 52% do crescimento econômico no trimestre, abaixo dos mais de 60% do ano anterior. A taxa de desemprego urbana ficou em 5%, e o investimento imobiliário recuou 11,2% no semestre.
- Apesar da queda de 24% nas exportações para os Estados Unidos, a resiliência do setor externo sustentou a economia no trimestre, o que pode dar espaço para uma nova resposta política caso a trégua tarifária com Washington termine em agosto.
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Para o segundo semestre, há expectativa de novos estímulos com emissão de mais de 7 trilhões de yuans em títulos, mas analistas da Bloomberg alertam que o apoio pontual — como subsídios ao consumo — não garante uma recuperação sustentável.
- A estimativa é que o crescimento do PIB desacelere para 4,6% em 2025, abaixo da meta oficial de cerca de 5%.
“A deflação continua sendo a principal ameaça”, disse Raymond Yeung, economista do ANZ Bank. Para Woei Chen Ho, do United Overseas Bank, “a necessidade de um apoio político mais forte ressurgirá na segunda metade do ano, quando a base alta e o retorno da forte antecipação no primeiro semestre podem contribuir para uma reversão acentuada no impulso de crescimento”.
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