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Casa Branca Nega Pacto Monetário Secreto e Reforça Política de Dólar Forte

O economista-chefe da Casa Branca, Stephen Miran, afirmou que não há nenhum pacto monetário secreto em andamento nas negociações comerciais dos Estados Unidos e reiterou o compromisso do governo com um dólar forte, segundo matéria da Bloomberg.

“Os Estados Unidos continuam a ter uma política de dólar forte”, disse Miran, presidente do Conselho de Assessores Econômicos, em entrevista ao podcast Big Take DC, da Bloomberg. “Não estamos trabalhando secretamente em nada disso. Não há nada lá”, completou, ao comentar rumores sobre um acordo internacional para desvalorizar o dólar. O mercado cambial tem enfrentado volatilidade recente, com especulações de que parceiros comerciais dos EUA poderiam fortalecer suas moedas como parte de acordos para equilibrar déficits comerciais. O presidente Donald Trump tem um histórico de acusações contra países que, segundo ele, enfraquecem suas moedas de forma deliberada para obter vantagens comerciais. Desde que Trump suspendeu tarifas “recíprocas” em 9 de abril, moedas asiáticas se valorizaram. O dólar taiwanês subiu quase 10%, e o won sul-coreano, 6,4%. O Índice Bloomberg Dollar Spot caiu mais de 6% desde o início do governo Trump.

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Segundo a matéria da Bloomberg, embora não esteja diretamente envolvido nas negociações comerciais, Miran tem sido alvo de especulações desde que foi indicado à Casa Branca em dezembro, após publicar um artigo, enquanto ainda atuava no fundo Hudson Bay Capital, sugerindo um possível “Acordo de Mar-a-Lago”.

  • O secretário do Tesouro, Scott Bessent, também discutiu ideias semelhantes antes de assumir o cargo, mas desde então tem apoiado fortemente a política de dólar forte e os compromissos do G7 de que moedas devem ser determinadas pelo mercado.
  • Na quarta-feira, durante reunião paralela ao G7 em Banff, Canadá, Bessent e o ministro das Finanças do Japão, Katsunobu Kato, reafirmaram que as taxas de câmbio devem ser determinadas pelo mercado e que a taxa dólar-iene reflete os fundamentos, segundo comunicado do Tesouro.

Miran afirmou que os mercados têm dado peso excessivo ao seu artigo anterior e que ele não foi escrito como defesa de política oficial.

  • No entanto, rumores sobre acordos cambiais persistem, especialmente após relatos de que o câmbio foi discutido com a Coreia do Sul, impulsionando o won a máximas de sete meses.
  • Este é o governo mais transparente da história”, afirmou Miran, destacando a comunicação direta e frequente do presidente Trump.
  • Ele diz exatamente o que está pensando, exatamente o que quer realizar, exatamente o que vai fazer e, um por um, ele faz o que diz que vai fazer.”

Apesar disso, houve mensagens contraditórias. Em abril, Miran chegou a chamar o status hegemônico do dólar de um “fardo” para empresas e trabalhadores dos EUA. Agora, porém, voltou a reforçar os benefícios de seu papel global.

  • Um dólar forte é bom para os Estados Unidos… Isso nos traz muitos outros benefícios”, disse.
  • Ele também comentou sobre a recente volatilidade nos mercados financeiros, com uma tripla liquidação de ações, Treasuries e dólar ocorrida após o anúncio das tarifas em abril.
  • Não estou surpreso com a volatilidade, dada a amplitude dos objetivos do presidente”, concluiu.

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