BofA: No Câmbio a Política Fiscal Ainda É o Maior Risco Brasil

O Bank of America mantém uma visão altista (bullish) para o real brasileiro (BRL), embora a fraca credibilidade da meta fiscal seja o principal ponto negativo para a moeda. O real permanece subvalorizado, e o aperto monetário sustenta um câmbio mais forte, levando a projeção do banco para o dólar frente ao real (USD/BRL) a R$ 5,75 até o fim de 2025 e R$ 6,00 até o fim de 2026.

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No cenário macro, o BofA ver crescimento de 2% em 2025 e 2,2% em 2026.

  • Já a previsão de inflação está em 5,1% para 2025 e 4,2% para 2026.
  • A projeçõa da Selic a 13,25% no fim de 2025 e 10% no fim de 2026, 525 pontos-base abaixo da taxa implícita de mercado.

Após um ano forte, a atividade econômica brasileira começou a arrefecer:

  • houve desaceleração em produção industrial, vendas no varejo e serviços em novembro, e o banco prevê queda adicional em dezembro, refletindo tanto o fim do impulso fiscal quanto o efeito das taxas de juros mais altas.
  • Embora a inflação tenha ficado em 4,83% em novembro, o núcleo e os serviços continuam acelerando, o que sugere que o aperto monetário ainda não freou totalmente a dinâmica de preços, acrescentou o banco.

A reforma do IVA foi aprovada, mas persistem incertezas políticas, especialmente sobre as emendas parlamentares e o pacote fiscal, diluído depois da isenção de imposto de renda para salários de até R$5 mil.

  • Na avaliação do banco a credibilidade fiscal limitada continua sendo o principal obstáculo ao fortalecimento do real. 

Segundo o modelo Compass BEER de médio prazo do BofA, o real brasileiro está subvalorizado em 10%, mas sobrevalorizado em 5,2% no horizonte de longo prazo.

  • As posições de mercado mostram investidores em geral vendidos na moeda, enquanto investidores institucionais (real money) mantêm leve posição comprada.

Gráfico do dólar americano versus o real brasileiro – Via Plataforma ActivTrader/ActivTrades

Entre os principais riscos, destacam-se uma eventual política fiscal expansionista, ruídos políticos domésticos e a possibilidade de tarifas dos EUA sobre a China.

  • O Bank of America não recomenda hedge para o real brasileiro e espera que a curva de juros permaneça elevada e mais flat, com o Banco Centra Brasileiro mantendo o aperto monetário em ritmo menor do que o precificado atualmente.

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