Secretário do Tesouro acusa órgão de falhas graves e afirma que substituto será técnico com competência comprovada.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que a demissão da chefe do Bureau of Labor Statistics (BLS), Erika McEntarfer, pelo presidente Donald Trump era uma medida que já deveria ter sido tomada, diante dos erros recentes na divulgação de dados trabalhistas.
- “Limpar o BLS era algo que deveria ter sido feito há muito tempo”, disse Bessent à MSNBC, após a publicação de um relatório de empregos considerado fraco.
- Os dados mostraram uma revisão para baixo de 258.000 nas folhas de pagamento de maio e junho, a maior desde a crise de 2020.
- Bessent comparou o erro a um avião que decola em Miami esperando chegar a Nova York e pousa em Denver.
- Trump justificou a demissão afirmando que “números como esses devem ser justos e precisos, eles não podem ser manipulados para fins políticos”.
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Economistas já vinham alertando sobre baixas taxas de resposta nas pesquisas do BLS, o que compromete as revisões.
- Bessent criticou o órgão por não adotar novas formas de coleta de dados e disse que o novo comissário será “um estatístico ou economista trabalhista altamente competente, e será alguém que não cometerá erros dessa magnitude”.
Sobre o Federal Reserve, Bessent questionou a decisão do banco central de manter os juros em 30 de julho, dois dias antes da publicação do relatório trabalhista: “Ou os economistas do Fed não viram o que o BLS viu, ou os dados do BLS foram corrompidos”, afirmou.
- Ele também revelou que recusou ser indicado para substituir Jay Powell na presidência do Fed, preferindo auxiliar Trump no processo de escolha.
- “Temos muitos nomes bons e já iniciamos o processo de entrevistas”, disse.
Na frente comercial, Bessent afirmou que os acordos do governo estão amplamente concluídos e reiterou a previsão de que a receita tarifária pode alcançar US$ 300 bilhões em 2025, podendo ser ainda maior em 2026.
- Ele negou que os aumentos tarifários representem a maior reformulação comercial desde os anos 1930, afirmando que a atual política é uma resposta ao “choque da China no início dos anos 2000”.
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