Redirecionamento de produtos chineses à Europa pode aumentar importações em até 10% e pressionar preços ao consumidor em 2026.
Uma escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China pode levar a uma queda adicional da inflação na zona do euro, caso produtos chineses baratos sejam redirecionados para o bloco europeu, alertaram economistas do Banco Central Europeu (BCE).
Em publicação no blog da instituição nesta quarta-feira, uma equipe de economistas afirmou que “a zona do euro poderá ver as importações da China aumentarem até 10% em 2026”, o que corresponderia a aproximadamente 1,3% do consumo total de bens na região.
- O fenômeno, segundo o BCE, poderia empurrar ainda mais a inflação abaixo da meta de 2% no próximo ano.
- Embora os autores não tenham tratado diretamente das consequências para a política monetária, uma inflação abaixo do esperado reforçaria os argumentos a favor de novos cortes na taxa básica de juros.
- Atualmente, a taxa principal do BCE está em 2%, mantida na reunião da semana passada, a última antes do recesso de verão.
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Na projeção divulgada em junho, o BCE previa inflação média de 1,6% em 2026, influenciada por um euro mais forte e pela queda nos preços de energia. No entanto, se os Estados Unidos reimpuserem tarifas superiores a 100% sobre produtos chineses e esses itens forem desviados para a Europa, o BCE estima que a inflação na zona do euro pode cair mais 0,15 ponto percentual em 2026, com efeitos menores persistindo em 2027.
- Em 2025, o presidente dos EUA, Donald Trump, elevou as tarifas sobre importações chinesas para 145%, o que levou Pequim a retaliar com taxas de 125%.
- Em maio, os dois países concordaram com uma pausa de 90 dias, reduzindo tarifas recíprocas para viabilizar negociações mais amplas.
- Nesta semana, durante encontros em Estocolmo, representantes discutiram uma possível extensão da trégua, que dependerá da aprovação final de Trump.
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