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BC: Selic a 13,25% Com Estratégia Que Esbarra nas Projeções

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa Selic em 1 ponto porcentual nesta quarta-feira, de 12,25% para 13,25% ao ano, em decisão unânime que segue o forward guidance de dezembro.

Este foi o primeiro encontro desde que Gabriel Galípolo assumiu a presidência do BC em janeiro e contou com a participação dos novos diretores de Política Monetária, Regulação e Relacionamento.

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O Banco Central revisou sua projeção de inflação acumulada em 12 meses para o terceiro trimestre de 2026, elevando-a de 3,8% para 4,0%, aproximando-se do teto da meta de 4,5%.

  • A decisão reflete um cenário adverso para a convergência da inflação, com aumentos nas expectativas de inflação para 2025 e 2026 e uma taxa de câmbio mais depreciada.
  • Apesar de reconhecer riscos inflacionários como a desancoragem das expectativas e a resiliência dos preços de serviços, o Copom indicou a possibilidade de novos aumentos na Selic em março, mantendo a perspectiva de uma política monetária contracionista para garantir a estabilidade de preços.

Economistas interpretaram o tom do comunicado como mais “dovish”, sugerindo que o BC pode desacelerar o aperto monetário no futuro próximo, embora a autoridade monetária reafirme seu compromisso com a meta de inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central enfrentou críticas de economistas devido à discrepância entre sua estratégia atual e as projeções de inflação.

Esse ajuste sugere que a trajetória da taxa Selic prevista no relatório Focus, que prevê um aumento para 15% até o fim do ciclo em maio e a manutenção dessa taxa ao longo de 2025, pode ser insuficiente para reduzir a inflação ao alvo de 3% em seis trimestres.

  • Tomás Goulart, economista-chefe da Novus Capital, em entrevista ao Broadcast, afirmou que a Selic precisaria ultrapassar 16% para convergir à meta.
  • Fabio Kanczuk, diretor de macroeconomia da ASA e ex-diretor do BC, argumenta que a taxa teria que exceder 18%.

Essas opiniões destacam uma percepção de inconsistência na abordagem do Copom, que, segundo os críticos, pode estar subestimando a necessidade de um aperto monetário mais agressivo para controlar a inflação.

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