Barkin Diz Que o Fed Deve Agir Com Cautela Diante de Incertezas Tarifárias e Econômicas

Presidente do Fed de Richmond diz que o banco central deve aguardar mais clareza antes de mudar os juros, diante de pressões inflacionárias e incertezas globais.

O presidente do Federal Reserve Bank de Richmond, Tom Barkin, afirmou na quinta-feira que o banco central dos EUA deve esperar por mais clareza antes de ajustar as taxas de juros, citando as incertezas relacionadas às tarifas, ao orçamento e à geopolítica.

“Há pouca vantagem em ir rápido demais em qualquer direção”, disse Barkin em comentários preparados para um evento da Associação de Economia Empresarial de Nova York. “Dada a força da economia atual, temos tempo para acompanhar os acontecimentos com paciência e permitir que a visibilidade melhore.”

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Barkin destacou que a incerteza tarifária permanece “pronunciada”, levando empresários a suspender contratações e investimentos. Ele acrescentou que as perspectivas orçamentárias também são incertas e que os eventos no Oriente Médio agravam esse cenário.

• Embora os efeitos inflacionários das tarifas tenham sido até agora “modestos”, Barkin alertou: “Acredito que veremos pressão sobre os preços”, dada a magnitude do aumento.
• Segundo ele, contatos comerciais relataram a intenção de repassar os custos maiores aos consumidores.
• “Para ver o impacto dos grandes aumentos de tarifas em abril e maio, ele sugeriu que esperássemos para ver os preços de julho e agosto”, relatou Barkin, referindo-se ao que ouviu de um grande varejista.

Apesar disso, o presidente do Fed de Richmond não espera que os efeitos inflacionários se aproximem dos picos recentes, afirmando que os consumidores devem reagir aos aumentos, o que pode levar as empresas a fazer ajustes de custos.

“Se as empresas perderem volume ao aumentarem os preços, precisarão reduzir custos. Se perderem margem por não conseguirem aumentar os preços, também precisarão reduzir custos”, disse Barkin. “De qualquer forma, a redução de custos provavelmente significaria redução de pessoal, sugerindo que o atual cenário de baixas contratações e baixas demissões pode estar ameaçado.”

Apesar do tom cauteloso, dois governadores do Fed, Christopher Waller e Michelle Bowman, sinalizaram recentemente que poderiam apoiar cortes de juros já em julho, revelando divergências dentro do comitê.

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