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Banco Central do Brasil Eleva Selic Para 14,75%, Maior Nível Desde 2006, e Deixa Próximos Passos em Aberto

O Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic para 14,75% ao ano, o maior patamar desde agosto de 2006, e indicou no comunicado que os próximos passos da política monetária permanecerão em aberto.

O Banco Central elevou a taxa Selic em 50 pontos-base na quarta-feira, para 14,75% ao ano, marcando o sexto aumento consecutivo dos juros em meio a um cenário de inflação resistente e incertezas globais. A decisão, tomada por unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom), veio em linha com a expectativa da maioria dos economistas consultados pela Reuters. No comunicado que acompanhou a decisão, o Copom adotou um tom cauteloso, indicando que os próximos passos da política monetária permanecerão em aberto. “O cenário de maior incerteza, aliado ao estágio avançado do atual ciclo de política monetária e seus impactos cumulativos ainda não observados, exige cautela adicional e flexibilidade para incorporar dados que impactam as perspectivas de inflação”, disseram os membros do comitê.

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A alta ocorre poucas horas após o Federal Reserve dos EUA manter suas taxas estáveis, mas alertar para riscos crescentes de inflação e desemprego, em um ambiente internacional impactado por tarifas comerciais abrangentes impostas por Washington.

  • Com a inflação brasileira acumulada em 12 meses em 5,49% — bem acima da meta oficial de 3% — e os mercados demonstrando ceticismo quanto ao retorno à meta mesmo até 2028, o BC reforçou a necessidade de vigilância.
  • A autoridade monetária reconheceu uma “moderação incipiente” no crescimento econômico, apesar da resiliência dos indicadores de atividade e do mercado de trabalho.

Em meio à política fiscal expansionista do governo Lula, incluindo estímulos como a flexibilização das regras dos empréstimos consignados, o Banco Central também revisou sua projeção de inflação para 2025, reduzindo-a de 5,1% para 4,8%.

  • Para o quarto trimestre de 2026, a expectativa é que a inflação em 12 meses atinja 3,6%, abaixo dos 3,7% projetados anteriormente.
  • Diante das incertezas externas e das medidas fiscais internas, o BC sinalizou que continuará monitorando atentamente um amplo conjunto de indicadores, sem se comprometer com novos ajustes na Selic, mas deixando a porta aberta para reavaliações futuras.

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