Com a atividade econômica em desaceleração e os juros elevados encarecendo a dívida pública, cresce a necessidade de reforçar o arcabouço fiscal com ajustes adicionais aos previstos para 2024, segundo o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, em entrevista ao Broadcast.
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Salto destacou que as medidas apresentadas até o momento são insuficientes para estabilizar a dívida pública, criticando a falta de convicção do governo em reconhecer o problema fiscal como central.
O economista descreveu a gestão fiscal atual como um “arroz com feijão”, capaz de evitar um colapso, mas sem grandes avanços estruturais.
Ele alertou que, sem ajustes fiscais até 2026, a dívida continuará crescendo, levando a juros elevados por mais tempo e impactando negativamente a atividade econômica.
Salto também apontou a necessidade de maior esforço para estabilizar a dívida/PIB, além do previsto no atual arcabouço fiscal, que tolera um déficit de 0,25% do PIB em 2024.
A Warren projeta que, na ausência de novas medidas, será necessário um contingenciamento de R$ 35 bilhões, considerando que apenas um terço das receitas previstas no orçamento — R$ 168 bilhões — deve se materializar.
Apesar disso, os economistas da Warren acreditam ser viável alcançar a meta mínima do arcabouço fiscal neste ano, que permite um déficit de R$ 31 bilhões nas contas primárias, excluindo pagamentos de precatórios.
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