A corrida pelo domínio da inteligência artificial (IA) está levando as sete maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos – Apple, Amazon, Alphabet, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla, conhecidas como as “7 Magníficas” – a expandirem seus investimentos em 37% em 2025. O montante deve saltar de US$ 246,9 bilhões em 2024 para US$ 338,7 bilhões neste ano, com foco em data centers e equipamentos, como unidades de processamento gráfico (GPU).
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O objetivo final dessas companhias é alcançar a inteligência artificial generativa (AGI), que permitiria que computadores desenvolvessem raciocínio similar ao humano.
- Segundo Gus Zinn, gestor sênior da Macquarie Asset Management, a AGI pode ser alcançada em menos de cinco anos, o que justifica os investimentos agressivos para liderar essa revolução tecnológica.
As grandes empresas de tecnologia têm se aproximado do presidente Donald Trump, que defende a desregulamentação econômica e a hegemonia dos EUA na IA.
- No entanto, especialistas ainda não conseguem mensurar o impacto dessa relação nos lucros e nas ações dessas companhias.
- Scott Chronert, chefe de pesquisas de equity para os EUA no Citi, destaca que essas gigantes possuem modelos de negócios maduros, com alto fluxo de caixa e capacidade para investir pesadamente e até adquirir novas tecnologias e concorrentes.
- Esse poder de mercado poderá permitir que elas se beneficiem da queda nos custos de desenvolvimento de IA, tornando a tecnologia mais acessível a empresas menores ao redor do mundo.
Investimentos Bilionários
Amazon: A gigante do e-commerce prevê investir US$ 100 bilhões em IA em 2025, um salto significativo em relação aos US$ 78 bilhões do ano passado. A empresa está desenvolvendo um chip próprio para aumentar sua independência no setor, enquanto suas receitas devem crescer de US$ 637 bilhões em 2024 para US$ 700 bilhões este ano.
Alphabet (Google): A holding do Google quer elevar seus investimentos de capital de US$ 52 bilhões para US$ 75 bilhões em 2025. Apesar da rentabilidade positiva, investidores questionam se a empresa conseguirá gerar maior retorno no setor de nuvem, onde Microsoft e AWS dominam com margens mais altas. Eric Benoist, analista do banco Natixis, sugere que o Google precisará reduzir custos e expandir sua linha de produtos de IA para manter sua competitividade.
Microsoft: A companhia planeja investir US$ 75 bilhões este ano, acima dos US$ 56 bilhões de 2024. Segundo Georgina Gregory, gerente de portfólio da Newton Investment Management, a Microsoft tem sido disciplinada na alocação de capital e mantém um balanço robusto, o que a coloca em posição privilegiada para atender à crescente demanda por IA.
Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp): A Meta deve investir entre US$ 60 bilhões e US$ 65 bilhões para expandir a Meta AI, serviço de inteligência artificial que poderá atingir um bilhão de usuários até o final do ano. Segundo Mark Zuckerberg, a empresa ainda estuda como rentabilizar a plataforma, podendo seguir um modelo de busca semelhante ao Google, com anúncios exibidos junto às respostas da IA.
Nvidia: A fabricante de chips gráficos deve ampliar seus investimentos de US$ 3 bilhões para US$ 4,7 bilhões em 2025. Timothy Arcuri, analista do UBS, aposta no sucesso do novo servidor Blackwell, que pode impulsionar os lucros da Nvidia de US$ 76 bilhões em 2024 para US$ 133 bilhões neste ano.
Apesar do avanço das “7 Magníficas”, o setor enfrenta concorrência crescente.
- A DeepSeek, uma IA chinesa, anunciou recentemente um modelo de linguagem eficiente a um custo reduzido, desafiando o domínio americano.
Ainda assim, com investimentos recordes e influência política nos EUA, as big techs estão bem posicionadas para moldar o futuro da inteligência artificial e consolidar seu domínio no setor nos próximos anos.
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