Mercado Ignora Risco de Recessão e Segue Impulsionado Por Liquidez e IA, Diz Goldman Sachs

S&P 500 se recupera de perdas com tarifas, apesar de chance de 30% de recessão nos EUA.

Uma probabilidade de 30% de recessão nos Estados Unidos seria normalmente um sinal de alerta para os mercados, mas as ações globais seguem em alta, impulsionadas por liquidez abundante, otimismo com inteligência artificial (IA) e cortes esperados nos juros, segundo Paolo Schiavone, operador de macroeconomia do Goldman Sachs.

• “O ponto-chave é que o mercado não consegue enxergar muito longe. É por isso que ele ignorará o risco de recessão”, escreveu Schiavone em nota aos clientes.
• Segundo ele, investidores tendem a ignorar uma possível desaceleração no mercado de trabalho, focando na forte liquidez e em temas de crescimento estrutural, como a IA e a expansão do crédito fiscal.

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As ações dos Estados Unidos estão próximas das máximas históricas, sustentadas por lucros corporativos sólidos e pela expectativa de taxas de juros mais baixas, o que tem ofuscado o impacto de tarifas comerciais. Os investidores voltaram a alocar recursos em grandes empresas de tecnologia e no setor de IA, mesmo com sinais de que o crescimento econômico pode estar desacelerando.

• Operadores de swaps estão precificando mais de 100 pontos-base em cortes de juros pelo Federal Reserve até meados de 2026.
• Além disso, uma enxurrada de emissões antecipadas de títulos do Tesouro tem injetado liquidez nos mercados monetários, e investidores de liquidez rápida, ou fast money, acumularam capital nas bolsas.
• O índice S&P 500 se recuperou da queda registrada em abril, impulsionada por tarifas.

Schiavone afirmou que investidores CTAs, seguidores de tendências, agora dominam a maior parte dos fluxos de ações em alta, deixando o mercado míope, pois “seu manual singular (‘deixe os vencedores correrem’) deixa pouco espaço para pessimistas fundamentais”.

• Com estratégias de curto prazo predominando e a volatilidade moderada, poucos investidores estão dispostos a abandonar a tendência de alta.
• “O caminho de menor resistência continua sendo o mais alto”, concluiu o trader do Goldman.

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