Investidores aguardam resultados de Microsoft, Meta, Apple e Amazon para medir sustentação do índice e perspectivas diante de tarifas e alta expectativa.
O rali do S&P 500 para máximas históricas enfrenta um dos testes mais relevantes do ano esta semana, com a divulgação dos lucros trimestrais de quatro gigantes da tecnologia, avaliadas em conjunto em US$ 11,3 trilhões, ao longo de dois dias. Os balanços da Microsoft e da Meta Platforms estão previstos para quarta-feira, seguidos por Apple e Amazon na quinta-feira.
Esses resultados são vistos como decisivos para sustentar a alta recente do índice, já que as quatro empresas — membros do grupo Magnificent Seven — representam um quinto do S&P 500 ponderado por capitalização de mercado. Meta e Microsoft estão entre os três maiores contribuintes para o ganho de pontos no índice em 2025, junto com a Nvidia.
Ações de grandes empresas de tecnologia ajudam a impulsionar o S&P 500 para um recorde
“O nível está bem alto”, afirmou Michael Arone, estrategista-chefe de investimentos da State Street Investment Management. “Os Sete Magníficos, em particular, precisam realmente entregar resultados agora para manter esse impulso.”
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Até o momento, cerca de um terço das empresas do S&P 500 já divulgaram seus relatórios, com 82% superando as estimativas de lucro, de acordo com a Bloomberg Intelligence, sinalizando o melhor trimestre em quase quatro anos. Isso ajudou o índice a subir cerca de 2% desde o início da temporada de balanços.
- Ainda assim, analistas têm reduzido suas projeções nas últimas semanas por conta do impacto das tarifas do presidente Donald Trump sobre o consumo e as margens.
- O grupo Magnificent Seven, que inclui Nvidia, Alphabet e Tesla, agora projeta um crescimento de 16% nos lucros anuais para o segundo trimestre, abaixo dos 19% esperados em março, antes do anúncio tarifário.
- Já o S&P 500 como um todo deve crescer 4,5%, ante 7,5% projetados anteriormente.
Anthony Saglimbene, estrategista-chefe da Ameriprise Advisor Services, disse que as grandes techs precisarão apresentar projeções otimistas. “Eles provavelmente terão que dizer que o resto do ano ou o próximo trimestre parecem positivos, reafirmando as projeções ou até mesmo aumentando-as”, afirmou.
A divergência na performance das gigantes da tecnologia ficou evidente com o avanço da Alphabet na semana passada após bons resultados, enquanto a Tesla caiu com perspectiva negativa para vendas de veículos elétricos.
- A inteligência artificial segue como divisor entre os vencedores e os que ficam para trás no mercado acionário.
- Empresas como Microsoft, Alphabet, Amazon e Meta devem investir US$ 317 bilhões em capital neste exercício fiscal, com esse número podendo chegar a US$ 350 bilhões em 2026, segundo estimativas da Bloomberg.
Apesar de os investidores estarem valorizando essas estratégias, Gabriela Santos, estrategista da JPMorgan Asset Management, alerta para a necessidade de resultados concretos. “Os investidores estão se tornando muito mais explícitos em dizer ‘mostre-me o dinheiro’”, afirmou. “Nesses níveis, especialmente para empresas de tecnologia de grande capitalização, precisamos ver monetização em vez de uma promessa de monetização em algum momento no futuro.”
As avaliações da Magnificent Seven se recuperaram após a liquidação provocada pelas tarifas em abril, mas ainda estão abaixo dos recordes. O grupo negocia atualmente a 28 vezes os lucros projetados, contra a máxima de 34 em dezembro, enquanto o S&P 500 está em 22 vezes.
- “Embora os P/Es das Big Tech possam parecer altos à primeira vista, se você considerar o crescimento, o alto fluxo de caixa livre e o forte retorno sobre o capital investido, em muitos casos eles têm preços atrativos”, avaliou Tony DeSpirito, diretor da BlackRock.
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