Tarifas de Trump Começam a Pressionar Preços no Varejo dos EUA

Inflação nos itens de consumo já aparece nas etiquetas de grandes redes, e setor alerta para impacto maior caso novas tarifas entrem em vigor após 9 de julho.

A alta nos preços de vestuário, calçados e bolsas nas lojas de departamento dos Estados Unidos está se acelerando devido ao impacto das tarifas comerciais do presidente Donald Trump. Segundo dados da DataWeave, maio marcou o ponto de virada, com aumentos registrados em grandes redes como Macy’s, Nordstrom e Dillard’s.

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Nos calçados, os preços subiram até 4,2% na Macy’s e 3,1% na Nordstrom desde janeiro. Em roupas, os aumentos são mais graduais, liderados pela DSW, com 2%, seguidos por Macy’s (1,9%) e Nordstrom (1,8%).

Especialistas do setor afirmam que os varejistas tentaram absorver parte do custo, mas já estão repassando aos consumidores. O CEO da Associação de Vestuário e Calçados dos EUA, Stephen Lamar, alertou: “Com todos os estilos de volta às aulas enfrentando tarifas entre 10% e 30%, preços mais altos não devem ser uma surpresa neste verão.”

• A situação pode se agravar com a nova tarifa de 20% imposta ao Vietnã por Trump, além de 40% para produtos considerados transbordados da China.
• O país asiático é segundo maior fornecedor de calçados e vestuário para os EUA e poderá enfrentar sérios impactos.
• Matt Priest, CEO da FDRA, criticou o acordo com o Vietnã, dizendo que ele é “desnecessário” e “ruim para a economia”.

Apesar disso, o consumidor americano ainda tem poder de decisão. “Os consumidores são os árbitros finais das tarifas”, disse Bill Simon, ex-CEO do Walmart. Ele destacou que os clientes podem simplesmente trocar produtos mais caros por alternativas sem tarifa.

• A expectativa agora gira em torno da temporada de volta às aulas e do comportamento do Federal Reserve, que monitora o repasse de custos ao longo da cadeia de suprimentos.
• “A inflação está em andamento, e a única questão é como ela será absorvida”, concluiu Peter Boockvar, do Bleakley Financial Group.

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