Após a derrubada do IOF pelo Congresso, o governo Lula busca alternativas para equilibrar o orçamento.
Enquanto o ministro Fernando Haddad propõe cortar supersalários e subsídios, o mercado financeiro defende medidas como congelamento do salário mínimo, redução de investimentos sociais e nova reforma da Previdência.
Com a derrubada do IOF pelo Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, perdeu uma das poucas fontes de arrecadação de curto prazo e enfrenta a necessidade de reduzir gastos públicos. Sem respaldo para judicializar a decisão, o governo tem de escolher entre enfrentar os privilégios do funcionalismo e os subsídios empresariais, ou atender às pressões do mercado financeiro, que cobra ajustes no salário mínimo e nos pisos constitucionais de saúde e educação.
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De um lado, Haddad volta a discutir o teto para supersalários do Judiciário, cortar subsídios tributários a empresas e revisar o sistema previdenciário dos militares, cujo déficit por beneficiário é 17 vezes maior que o do INSS.
- Também quer frear a escalada dos repasses federais ao Fundeb, que saltaram para R$ 56,5 bilhões em 2025.
Do outro, o mercado financeiro propõe um congelamento do salário mínimo real por até seis anos, a desvinculação de benefícios sociais ao mínimo, a redução dos pisos constitucionais, reforma da Previdência geral e reestruturação do funcionalismo público, com salários iniciais mais baixos, progressão mais lenta e demissão facilitada para novos servidores.
- Um relatório do Banco Mundial reforça essas propostas.
Para a economista Marisa Rossignoli, conselheira do Corecon-SP, “a curto prazo, espera-se novos cortes e congelamento de gastos” e “no longo prazo, mudanças estruturais para equilibrar as contas públicas”.
- Já o cientista político Fabio Andrade, da ESPM, critica o Congresso e o mercado: “parece que o Legislativo quer manter emendas e transferir ao Executivo a responsabilidade pelo ajuste”.
- Ele alerta que “o mercado ainda não aprendeu com crises como a de 2008 e a da covid-19 sobre o papel do Estado”.
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