Petróleo Caminha Para Maior Queda Semanal em Dois Anos Com Dissipação do Prêmio de Guerra

Sem impacto nos fluxos de oferta, preços recuam cerca de 12% após cessar-fogo entre Irã e Israel.

Os preços do petróleo estão a caminho de registrar a maior queda semanal desde março de 2023, com a ausência de interrupções significativas no fornecimento global após o conflito entre Irã e Israel, fazendo evaporar o prêmio de risco geopolítico.

Ambos os contratos, Brent e o West Texas Intermediate (WTI), acumulam uma queda semanal de cerca de 12%, voltando aos níveis anteriores ao ataque israelense de 13 de junho contra alvos militares e nucleares iranianos.

No início da semana, os preços atingiram a maior alta em cinco meses após os EUA lançarem ataques contra instalações nucleares do Irã. No entanto, o mercado inverteu essa tendência na terça-feira, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um cessar-fogo entre Irã e Israel.

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Segundo operadores e analistas, não há evidência de impacto material da crise nos fluxos globais de petróleo.

• “Na ausência da ameaça de interrupção significativa no fornecimento, ainda vemos o petróleo como fundamentalmente superabastecido, com nossos balanços de 2025 indicando um superávit de aproximadamente 2,1 milhões de barris por dia (bpd)”, escreveram analistas da Macquarie em nota publicada na quinta-feira.
• A previsão do banco é que o WTI fique em torno de US$ 67 o barril em 2025 e US$ 60 em 2026, com revisões de alta de US$ 2 por barril após o risco geopolítico recente.

_{Gráfico do Petróleo Tipo Brent – Via Plataforma ActivTrader/ActivTrades}

Pequenos ganhos nos preços no final da semana foram sustentados por dados do governo dos EUA, que mostraram redução nos estoques de petróleo bruto e derivados, além de aumento na atividade de refino e na demanda.

• “O mercado está começando a digerir o fato de que os estoques de petróleo bruto estão muito apertados de repente”, afirmou Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group.

Outro fator de sustentação veio de uma reportagem do Wall Street Journal, indicando que Trump planeja antecipar a escolha do próximo presidente do Federal Reserve.

• A notícia impulsionou apostas em cortes nas taxas de juros, o que costuma estimular a demanda por petróleo.

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