Movimentação de navios-tanque pelo Estreito de Ormuz segue dentro dos padrões normais apesar do aumento das tensões geopolíticas, mas operadores e armadores demonstram maior cautela com desvios de rotas e redução de tempos de espera.
O tráfego de petroleiros pelo Estreito de Ormuz continua ocorrendo dentro de padrões habituais, mesmo após os ataques aéreos dos EUA contra o Irã no fim de semana, embora sinais de cautela por parte dos armadores estejam surgindo diante do risco geopolítico elevado, mostraram dados de rastreamento de navios compilados pela Bloomberg na terça-feira.
No domingo, 44 navios-tanque cruzaram a hidrovia, divididos igualmente entre embarcações de entrada e saída, número compatível com a média desde o início deste mês. Segundo os dados, o tráfego comercial total também permaneceu amplamente dentro dos padrões normais.
Ainda assim, houve movimentos incomuns. Dois superpetroleiros inverteram abruptamente o curso dentro do estreito antes de retornarem à hidrovia. Outras embarcações, como o Taga e o Front Naver, alteraram suas rotas usuais e desviaram para o Golfo de Omã.
- O governo da Grécia, que detém a maior frota de petroleiros do mundo, emitiu um alerta no domingo recomendando que suas embarcações reconsiderem a travessia de Ormuz e priorizem portos seguros.
- Apesar disso, autoridades de duas grandes empresas petrolíferas gregas disseram que continuarão operando normalmente na região.
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Duas empresas japonesas de transporte também começaram a reduzir sua exposição ao Golfo Pérsico. Segundo analistas, os mercados monitoram de perto o comportamento dos petroleiros, considerando as ameaças anteriores do Irã de bloquear Ormuz em caso de escalada.
- A hidrovia é responsável pelo escoamento de aproximadamente 20% do consumo global de petróleo, segundo a Administração de Informação de Energia dos EUA.
- No segmento de transporte de gás, o número de navios de GLP foi de 8 no fim de semana, enquanto o de GNL manteve-se entre 5 e 6 embarcações por dia — dentro dos parâmetros normais.
- Houve também redução marginal no fluxo de graneleiros e porta-contêineres, ainda dentro da faixa de variação habitual.
- “Ainda não há um declínio evidente nos fluxos de petróleo, mas a região segue sob intenso monitoramento em função do bloqueio de sinais eletrônicos e da crescente instabilidade desde o início das hostilidades em 13 de junho”, observou a Bloomberg.
O rastreamento de tráfego continuará sendo atualizado diariamente enquanto as tensões entre o Irã, EUA e Israel permanecerem elevadas.
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