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Petróleo Atinge Máxima de Cinco Meses Após Ataques dos EUA a Instalações Nucleares do Irã

Escalada militar no Oriente Médio eleva temores sobre oferta global; risco de fechamento do Estreito de Ormuz pressiona preços.

Os preços do petróleo subiram na segunda-feira para o nível mais alto desde janeiro, após a decisão dos Estados Unidos de se juntarem a Israel no ataque às instalações nucleares do Irã, aumentando as preocupações com o fornecimento global da commodity.

Às 05h06 (horário de Brasília), os contratos futuros do Brent avançavam 72 centavos, ou 0,93%, para US$ 77,73 o barril. O West Texas Intermediate (WTI) subia 71 centavos, ou 0,96%, para US$ 74,55. Mais cedo na sessão, ambos os contratos chegaram a subir mais de 3%, atingindo máximas de cinco meses de US$ 81,40 e US$ 78,40, respectivamente, antes de devolverem parte dos ganhos.

Gráfico do Petróleo Bruto WTI – Via Plataforma ActivTrader/ActivTrades

O movimento nos preços veio após o presidente Donald Trump afirmar que havia “obliterado” as principais instalações nucleares iranianas nos ataques do fim de semana, marcando uma nova escalada no conflito do Oriente Médio.

  • O Irã, terceiro maior produtor de petróleo bruto da OPEP, prometeu se defender, ampliando o risco de retaliações.
  • Participantes do mercado avaliam que os preços podem subir ainda mais diante do temor de que o Irã possa tentar fechar o Estreito de Ormuz, por onde circula cerca de 20% do fornecimento global de petróleo.
  • “A atual escalada geopolítica fornece o catalisador fundamental para que os preços (do Brent) subam e potencialmente cheguem a US$ 100, com US$ 120 por barril parecendo cada vez mais plausível”, afirmou Sugandha Sachdeva, fundadora da SS WealthStreet em Nova Déli.

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O Irã declarou na segunda-feira que o ataque americano ampliou o leque de alvos legítimos para suas forças armadas e chamou Trump de “jogador” por integrar-se à campanha militar de Israel.

  • “Os riscos de danos à infraestrutura petrolífera… se multiplicaram”, disse June Goh, analista sênior da Sparta Commodities.
  • Ela acrescentou que, embora existam rotas alternativas de oleodutos, ainda haveria volume significativo de petróleo sem possibilidade de exportação caso o estreito se tornasse inacessível.
  • O Goldman Sachs estimou que o Brent poderia chegar brevemente a US$ 110 caso o fluxo de petróleo pela hidrovia fosse reduzido pela metade durante um mês e permanecesse 10% abaixo do normal nos 11 meses seguintes.
  • O banco observou, no entanto, que não espera interrupções significativas no fornecimento, considerando os incentivos globais para evitar uma paralisação prolongada.

Desde o início do conflito em 13 de junho, o Brent acumula alta de 13%, enquanto o WTI avança cerca de 10%.

  • Apesar do risco crescente, Sachdeva observou que um fechamento prolongado do estreito representaria “uma faca de dois gumes” para o próprio Irã, ao comprometer suas exportações de petróleo, fonte vital de receitas nacionais.

Em meio às tensões, o Japão apelou na segunda-feira por uma redução da escalada no conflito, enquanto um vice-ministro da indústria da Coreia do Sul manifestou preocupação com o impacto das greves sobre o comércio de seu país.

  • Ainda na segunda-feira, o presidente Vladimir Putin deverá se reunir com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, em Moscou, informou a agência Interfax, citando o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov.

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