Aumento da produção em maio foi limitado por cortes compensatórios de países como Iraque, Rússia e Emirados Árabes, com destaque para o Cazaquistão, que segue excedendo sua cota e tensionando o grupo.
Os principais membros da OPEP+ adicionaram menos petróleo ao mercado em maio do que o previsto em seu plano oficial de produção, à medida que a liderança do cartel pressiona países a compensar excessos anteriores, segundo relatório mensal divulgado na segunda-feira pelo secretariado da OPEP.
O grupo de oito países envolvidos no atual acordo registrou um aumento conjunto de 154.000 barris por dia, bem abaixo dos 411.000 barris por dia planejados. Iraque, Emirados Árabes Unidos e Rússia foram alguns dos que reduziram a produção para compensar episódios anteriores de superprodução.
Apesar disso, a produção total dos oito países ficou cerca de 400.000 barris por dia acima da meta mensal, principalmente devido ao Cazaquistão, que continua a bombear bem acima de sua cota, gerando atrito com a Arábia Saudita, principal liderança da aliança.
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Em meio à insatisfação com os chamados “cheats de cota”, Riad tem incentivado a retomada acelerada da produção, visando punir os infratores com preços mais baixos e recuperar a participação de mercado perdida durante anos de restrições ao fornecimento.
- Segundo o relatório da OPEP, a produção da Arábia Saudita aumentou em 177.000 barris por dia em maio, atingindo uma média de 9,183 milhões por dia, conforme previsto.
- O Cazaquistão, apesar de ter reduzido modestamente sua produção em 21.000 barris, para 1,8 milhão por dia, ainda opera centenas de milhares de barris acima da cota estabelecida.
- Iraque cortou 49.000 barris, para 3,93 milhões por dia, e a Rússia manteve sua produção estável, cumprindo sua promessa de compensação.
- No total, a produção dos 22 países da OPEP+ aumentou em 180.000 barris por dia, para 41,23 milhões por dia.
A tensão geopolítica também influencia os mercados. Os ataques israelenses ao Irã, incluindo infraestrutura energética, contribuíram para a volatilidade nos preços.
- Os futuros do petróleo bruto nos EUA giram em torno de US$ 73 o barril, após registrarem na sexta-feira a maior alta em três anos.
- Apesar dos ataques, as exportações iranianas não foram afetadas até agora, e o secretário-geral da OPEP, Haitham Al Ghais, afirmou que não vê necessidade de ação imediata.
A OPEP manteve estáveis suas projeções de demanda global e oferta fora do cartel, e deve realizar nova videoconferência em 6 de julho para discutir um possível aumento adicional em agosto.
- Segundo fontes internas ouvidas pela Bloomberg, Riad pressiona por avanços expressivos na produção para acelerar a reconquista de espaço no mercado global.
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