O governo dos Estados Unidos avalia adicionar empresas chinesas de semicondutores à sua lista negra de exportação, segundo fontes do Financial Times.
O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, está considerando adicionar novas empresas chinesas de semicondutores à sua lista negra de exportação, segundo fontes do Financial Times próximas ao assunto. A medida visa intensificar o controle sobre a transferência de tecnologia sensível, mas enfrenta resistência interna por temores de que possa minar as negociações comerciais em andamento com Pequim. De acordo com cinco pessoas com conhecimento direto das discussões, o Departamento de Comércio dos EUA elaborou uma lista que inclui a ChangXin Memory Technologies (CXMT), uma das principais fabricantes chinesas de chips de memória, além de subsidiárias de gigantes como a Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC) e a Yangtze Memory Technologies Co (YMTC) — ambas já presentes na “lista de entidades”.
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A inclusão das novas empresas marcaria um novo capítulo nos esforços de Washington para limitar o acesso da China a tecnologias avançadas, particularmente aquelas aplicáveis ao desenvolvimento militar.
- As empresas listadas ficariam sujeitas a severas restrições: companhias norte-americanas não poderiam vender tecnologia a elas sem licenças específicas, que têm se tornado cada vez mais difíceis de obter.
- No entanto, autoridades dentro do governo estão divididas sobre o momento da decisão.
- Alguns membros argumentam que novas sanções poderiam comprometer os recentes avanços diplomáticos — especialmente após o acordo fechado em Genebra no último fim de semana, que suspendeu tarifas bilaterais por 90 dias para facilitar um possível tratado comercial de longo prazo.
Outros, porém, alertam que adiar ações poderia prejudicar a posição estratégica dos EUA. Legisladores republicanos criticaram o governo por tolerar o que chamam de “diplomacia zumbi” em detrimento da segurança nacional, cobrando uma postura mais firme contra o que consideram avanço tecnológico militar da China apoiado por tecnologia ocidental.
- A CXMT, em particular, tem chamado atenção por sua rápida expansão no mercado global de DRAM e por investir em tecnologias de memória de alta largura de banda (HBM), fundamentais para aplicações em inteligência artificial.
- A inclusão da empresa na lista refletiria preocupações de que tais avanços possam ter implicações militares.
Nem as empresas chinesas citadas nem o Departamento de Comércio dos EUA responderam a pedidos de comentário feitos pelo Financial Times.
- A embaixada chinesa em Washington limitou-se a dizer: “A China se opõe firmemente à expansão excessiva do conceito de segurança nacional pelos EUA, ao abuso dos controles de exportação e ao bloqueio e repressão maliciosos à China.”
A possível decisão surge num momento em que Washington busca equilibrar seus objetivos estratégicos de contenção tecnológica com os interesses econômicos e diplomáticos de manter um canal aberto com Pequim.
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