O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, afirmou na quinta-feira que a possibilidade de uma recessão global não pode ser descartada, à medida que os efeitos das tarifas comerciais continuam a afetar o investimento e a confiança nos mercados internacionais.
Em entrevista à Bloomberg Television durante a Conferência Anual de Mercados Globais do banco em Paris, Dimon destacou que, embora espere evitar um cenário recessivo, o risco permanece. “Espero que consigamos evitar isso, mas eu não tiraria isso da mesa neste momento”, disse Dimon. “Se houver uma recessão, não sei quão grande ela seria ou quanto tempo duraria.” As declarações vêm em meio à recente trégua entre Estados Unidos e China, que concordaram em reduzir temporariamente tarifas sobre produtos de ambos os lados, após meses de tensões comerciais sob a gestão do presidente Donald Trump. Ainda assim, Dimon alertou que a volatilidade causada pela política tarifária está fazendo com que alguns clientes adiem investimentos estratégicos. “Acho que a coisa certa a fazer é recuar em algumas dessas questões para termos uma conversa envolvente”, afirmou, demonstrando otimismo cauteloso com a recente melhora no diálogo entre Washington e Pequim.
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Dimon também comentou sobre o impacto das tarifas impostas no “Dia da Libertação”, em 2 de abril, que geraram turbulência nos mercados antes de uma suspensão de 90 dias anunciada por Trump para tentar selar novos acordos.
- Ele revelou ter incentivado o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, a liderar as negociações e reiterou o apelo por uma resolução rápida das incertezas comerciais.
- A volatilidade recente nos mercados, segundo Dimon, elevou o volume de negociação do JPMorgan, que registrou receita recorde com operações de ações no primeiro trimestre.
- Analistas esperam novo crescimento no segundo trimestre.
Apesar das incertezas, Dimon disse que os EUA seguem sendo um destino atrativo para investimentos, ainda que a retórica tarifária possa afastar alguns parceiros.
- “A gente irrita muita gente… eles dizem que não estão mais comprando nosso bourbon do Kentucky”, afirmou em tom crítico.
- No entanto, concluiu: “Se você tivesse que investir todo o seu dinheiro em um único país, ainda seriam os Estados Unidos.”
Dimon também expressou otimismo quanto às relações futuras entre Reino Unido e União Europeia, sugerindo que há espaço para uma parceria sólida mesmo após as turbulências do Brexit.
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