A montadora japonesa Nissan anunciou na terça-feira que cortará 15% de sua força de trabalho global, eliminando cerca de 20 mil empregos, e reduzirá o número de fábricas de 17 para 10 até 2027.
A medida drástica vem em resposta à pressão crescente das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos sob o governo de Donald Trump, que acrescentaram bilhões de ienes em custos operacionais. A empresa reportou um prejuízo de ¥670 bilhões (US$ 4,5 bilhões) no último ano fiscal, revertendo o lucro de ¥426 bilhões obtido no exercício anterior. Em coletiva, o CEO Ivan Espinosa classificou os resultados como um “chamado de atenção” e admitiu que os cortes são essenciais para a sobrevivência da montadora.
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A Nissan estima que as tarifas americanas adicionem até ¥450 bilhões em custos neste ano fiscal, com capacidade limitada de compensação.
- A incerteza sobre a política tarifária também levou a empresa a suspender suas previsões financeiras.
- A montadora já vinha enfrentando dificuldades antes da guerra comercial e agora busca um novo investidor de referência após enfraquecer sua aliança com a Renault.
- A rival Honda também divulgou que espera um impacto de ¥650 bilhões com as tarifas, o que a forçou a adiar um plano de US$ 11 bilhões para construção de fábricas de veículos elétricos no Canadá.
Tanto Honda quanto Nissan estão deslocando parte da produção para os Estados Unidos para minimizar os efeitos das tarifas e consideram parcerias para uso compartilhado de fábricas.
- Segundo Espinosa, a Nissan negocia com a Honda e a Mitsubishi Motors uma possível colaboração nesse sentido.
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