...

Grandes Petrolíferas Enfrentam Queda Recorde nos Lucros no Ano Mais Difícil Desde a Pandemia

As maiores companhias petrolíferas do mundo estão se preparando para seu pior ano desde a pandemia de COVID-19, com o declínio nos preços do petróleo corroendo os lucros e colocando em xeque a sustentabilidade dos generosos dividendos e programas de recompra de ações adotados nos últimos anos.

Após dois anos de retração, os lucros das cinco gigantes ocidentais — ExxonMobil, Shell, TotalEnergies, Chevron e BP — caíram cerca de US$ 90 bilhões desde o pico de 2022, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia impulsionou os preços globais do petróleo. Agora, analistas e investidores veem um cenário ainda mais desafiador à frente, pressionado por excesso de oferta da Opep e incertezas geopolíticas ampliadas pelo governo do presidente Donald Trump. O barril de Brent chegou a cair abaixo de US$ 60 este mês, e há previsões de que os preços se mantenham mais de 20% abaixo da média de 2024 no segundo semestre. A fragilidade dos preços já leva as companhias a cortar investimentos e rever estratégias.

Notícias e Cobertura do Mercado Em Tempo Real Acesse: https://t.me/activtradespt

A italiana Eni, por exemplo, anunciou cortes de US$ 500 milhões em gastos e uma queda de 15% no fluxo de caixa, mas garantiu manter as distribuições aos acionistas — abordagem considerada modelo por analistas, embora nem todas as empresas possuam balanços robustos o suficiente para replicá-la.

  • Entre as europeias, a Shell parece mais preparada, com promessa de devolver metade do fluxo de caixa aos acionistas mesmo com o barril a US$ 50, enquanto a BP, pressionada por acionistas ativistas, enfrenta riscos maiores, já que sua política de dividendos se apoia em um preço mínimo de US$ 71,50.

Nos Estados Unidos, a ExxonMobil deve manter seus planos até 2026, mas a Chevron pode ter que reduzir o volume de recompras de ações, especialmente se os preços se mantiverem na faixa inferior de US$ 60.

  • A pressão também atinge produtores independentes e empresas de serviços para o setor, como Baker Hughes, Halliburton e SLB, que alertaram para um ambiente mais restritivo caso a tendência de baixa continue.
  • Com uma nova temporada de resultados começando esta semana, o foco dos investidores estará menos nos números do primeiro trimestre e mais nas projeções.

A indústria enfrenta um teste de resiliência e disciplina financeira em meio a um cenário global cada vez mais instável.

Notícias e Cobertura do Mercado Em Tempo Real Acesse: https://t.me/activtradespt

Mercado

Moedas

Economia