A Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), maior fabricante terceirizada de chips do mundo, registrou um expressivo aumento de 60% no lucro trimestral, superando as expectativas de mercado e reafirmando uma postura otimista para 2025 — mesmo diante de incertezas geradas pelas políticas comerciais do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
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No primeiro trimestre do ano, o lucro líquido da companhia alcançou T$ 361,6 bilhões (cerca de US$ 11,1 bilhões), marcando o quarto trimestre consecutivo de crescimento de dois dígitos. O resultado veio acima da estimativa de T$ 354,6 bilhões compilada pela LSEG a partir de previsões de 18 analistas. Durante coletiva com investidores, o CEO da TSMC, C.C. Wei, minimizou os efeitos imediatos das políticas tarifárias dos EUA sobre os negócios da empresa.
“Não vimos nenhuma mudança no comportamento dos nossos clientes até agora”, afirmou, destacando que a forte demanda por chips de inteligência artificial deve continuar impulsionando o crescimento da companhia.
Apesar das tensões comerciais e de exportação, especialmente envolvendo a China, a TSMC manteve suas projeções de vendas e investimentos para o ano.
- A empresa prevê que sua receita com chips voltados para IA dobrará, sustentada por clientes de peso como Apple, Nvidia, Qualcomm e AMD.
- Para o segundo trimestre, a TSMC projeta receita entre US$ 28,4 e US$ 29,2 bilhões — valor significativamente superior aos US$ 20,82 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.
- O diretor financeiro Wendell Huang reforçou o compromisso com investimentos robustos, estimando despesas de capital entre US$ 38 bilhões e US$ 42 bilhões em 2025.
- Em termos geográficos, a receita da China caiu para 7% das vendas totais, ante 9% um ano antes, evidenciando o impacto das restrições de exportação impostas pelos EUA.
- Por outro lado, a América do Norte passou a representar 77% do faturamento da empresa, acima dos 69% registrados anteriormente.
Mesmo diante de lucros recordes e expansão estratégica, como o anúncio recente de um pacote de investimentos de US$ 100 bilhões nos EUA — incluindo US$ 65 bilhões destinados à construção de três fábricas no Arizona —, as ações da TSMC recuaram 20% desde o início do ano.
- O mercado ainda reage com cautela frente ao ambiente regulatório volátil, à concorrência crescente de empresas chinesas como a DeepSeek e à pressão por maior eficiência nos gastos com infraestrutura de IA.
- Na mesma linha, a holandesa ASML, maior fornecedora mundial de equipamentos para fabricação de chips, alertou nesta semana que as tarifas aumentam a incerteza sobre o setor em 2025 e 2026, embora também tenha mantido sua orientação para este ano.
Apesar dos desafios geopolíticos e econômicos, a TSMC segue confiante de que a crescente demanda por inteligência artificial será um motor de crescimento sustentável para a indústria global de semicondutores.
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